“O
presidente da Câmara de Lisboa e futuro líder do PS, António Costa, não definiu
uma data para a reposição dos salários dos funcionários públicos. Apesar de ter
manifestado já por mais de uma vez essa intenção, na entrevista concedida esta quarta-feira
à RTP, António Costa apenas disse que, caso venha a liderar o próximo Governo,
o fará “tão cedo quanto possível””.
Uma notícia que hoje li,
tal como muitos leram. Para mim, esta declaração só tem de novo o atraso de um
entendimento que Costa revelou ter sobre a decisão do Tribunal Constitucional
pela qual a reposição deveria ser feita em 2016. Para além disso, nada tem de
novo perante o que o Governo diz o Governo nos seus propósitos para anos
futuros.
Para muitos, as
declarações de Costa serão o grito da esperança que parecia já perdida, por
isso a determinação numa mudança que todos esperam providencial. Que eu também
gostaria que fosse, mas que não acredito que seja.
Não vejo, pois, na
promessa de António Costa mais do que o eleitoralismo leve a dizer, tal como
não vejo que possa ser curto o tempo para que Costa ou o Governo possam devolver
os cortes feitos, parecendo-me mais prudente, em face do longo prazo que nem
sei quão longo será, não insistir em fantasias que a realidade, de todo, não suporta.
Perante esta “boa nova”
que António Costa nos trás, continuo sem encontrar mais nada que me diga que seja
de esperar ver consertada a “bilha”, tal como outro António, também de Lisboa um dia
fez.
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