Decerto
que no entendimento induzido de muitos, a decisão do governo de manter a
sobretaxa fiscal de 3,5% em sede de IRS criando um “crédito fiscal” no imposto
pago relativo a 2015 em função das receitas de IVA e de IRS ao longo desse ano,
será mais um roubo.
Embora
naturalmente abrangido por tal decisão que, tal como aos outros contribuintes me
afecta, considero de prudência a decisão tomada, porque prefiro a possibilidade
de pagar um pouco mais agora à de não poder pagar nada depois porque a
capacidade financeira do país estoira e a bancarrota se instala de novo!
Diz-se
na minha Terra que “cuidados e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”,
o que me leva a apoiar as medidas cuidadosas em vez das levianas que antes foram tomadas, porque
não vislumbro, ainda, condições de melhoras num mundo a braços com muito sérios
problemas.
Obviamente,
a oposição que apenas por pura demagogia tem criticado os orçamentos
rectificativos a que a volatilidade financeira global obriga mas que atribui à
incompetência do governo, sabe bem que não há condições que permitam orçamentar
sem grandes cuidados que previnam os efeitos exógenos aos quais a economia
global totalmente nos expõe.
Não
sou adivinho e, por tal, não sei o que se irá passar nesta economia doente que
me não consente qualquer optimismo. Mas sei o bastante para preferir a
prudência à leviandade que nos arrastou para este abismo do qual tanto tem
custado a sair.
Por
isso, tal como critico o que me parece serem decisões erradas do governo, o que, em
alguns casos, fiz de modo bem marcado, também me sinto no dever de me
manifestar quando as entendo certas ou razoáveis, adequadas à realidade e
pautadas pela prudência que as fragilidades financeiras nos recomendam.
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