ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 2 de novembro de 2014

UM AVISO DRAMÁTICO


Hoje, o Presidente da ONU chamou mais uma vez a atenção do mundo para as consequências desastrosas das bruscas mudanças climáticas que a Ciência já não duvida serem profundamente influenciadas pela actividade económica que lança na atmosfera quantidades enormes de gases de estufa que os mecanismos naturais já não conseguem reciclar.
O aviso da ONU tem um tom grave, a forma de uma alerta definitivo para o momento último na tentativa de reversão de um fenómeno que põe em causa um modo de vida e a própria sobrevivência.
Depois de alertar para os perigos ímpares do prosseguimento das causas do efeito de estufa que tão profundas alterações está a causar no clima, Ban ki Moon afirma que “a boa notícia” é que poderemos limitar significativamente os seus efeitos que se repercutirão nos aspectos mais essenciais da vida humana se, até ao final deste século, reduzirmos a zero as emissões de CO2 no que, infelizmente, não acredito!
Não é novidade este fenómeno cuja gravidade há muito se conhece e sobre o qual muitos protocolos e cimeiras já tiveram lugar, mais ao jeito de desobrigas ou de cínicas manifestações de preocupação do que de propósitos sérios para resguardar a Humanidade dos perigos que para ela representa o super consumismo que mantém uma economia que não pára de nos impingir o que é supérfluo em troca do essencial que nos vai roubando. No que, imprudentemente, participamos.
Esta é mais uma das múltiplas doenças graves de que sofre a civilização e se agravam ao longo dos maus caminhos que os políticos insistem em continuar a trilhar, na ânsia de que regresse o crescimento que, penosamente, se arrasta pelas ruas da amargura.
Depois da Reserva Federal Americana, o Banco Central Europeu e o Banco do Japão, este numa atitude sem precedentes, injectam “rios de liquidez” nos mercados para que não morram do mal de que sofrem, mas talvez morram da cura. "Transfusões" que não parece que consigam curar a profunda anemia da qual a economia sofre.


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