Hoje, o Presidente da ONU
chamou mais uma vez a atenção do mundo para as consequências desastrosas das
bruscas mudanças climáticas que a Ciência já não duvida serem profundamente
influenciadas pela actividade económica que lança na atmosfera quantidades
enormes de gases de estufa que os mecanismos naturais já não conseguem reciclar.
O aviso da ONU tem um tom grave,
a forma de uma alerta definitivo para o momento último na tentativa de reversão
de um fenómeno que põe em causa um modo de vida e a própria sobrevivência.
Depois de alertar para os
perigos ímpares do prosseguimento das causas do efeito de estufa que tão
profundas alterações está a causar no clima, Ban ki Moon afirma que “a boa
notícia” é que poderemos limitar significativamente os seus efeitos que se
repercutirão nos aspectos mais essenciais da vida humana se, até ao final deste
século, reduzirmos a zero as emissões de CO2 no que, infelizmente, não acredito!
Não é novidade este
fenómeno cuja gravidade há muito se conhece e sobre o qual muitos protocolos e
cimeiras já tiveram lugar, mais ao jeito de desobrigas ou de cínicas manifestações
de preocupação do que de propósitos sérios para resguardar a Humanidade dos
perigos que para ela representa o super consumismo que mantém uma economia que
não pára de nos impingir o que é supérfluo em troca do essencial que nos vai
roubando. No que, imprudentemente, participamos.
Esta é mais uma das
múltiplas doenças graves de que sofre a civilização e se agravam ao longo dos
maus caminhos que os políticos insistem em continuar a trilhar, na ânsia de que
regresse o crescimento que, penosamente, se arrasta pelas ruas da amargura.
Depois da Reserva Federal
Americana, o Banco Central Europeu e o Banco do Japão, este numa atitude sem
precedentes, injectam “rios de liquidez” nos mercados para que não morram do mal de
que sofrem, mas talvez morram da cura. "Transfusões" que não parece que consigam curar a profunda anemia da qual a economia sofre.
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