ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

OS CRIMES DE “UN” E DE OUTROS


As Nações Unidas aprovaram esta semana uma resolução que, baseada num relatório do Conselho de Direitos Humanos apresentado já no passado mês de Fevereiro, considera a Coreia do Norte responsável por violações dos direitos humanos, pedindo a abertura de um inquérito por “crimes contra a humanidade”.
As “atrocidades indescritíveis” cometidas pelo Estado Norte-Coreano referidas no relatório, transcritas de forma concreta na “resolução”, leva as nações Unidas a recomendar que os responsáveis sejam julgados no Tribunal Penal Internacional, para que sejam alvo se sanções internacionais.
Apesar do conhecimento corrente de tais atrocidade e do relatório que, detalhadamente, as refere, a resolução não foi tomada por unanimidade, apenas recolhendo 111 votos favoráveis. Os outros, 19 foram contra, entre os quais os da Rússia e da China, e 55 foram abstenções. Deste modo, foram 74 os países a quem as evidências não convenceram para que a proposta, bem fundamentada, da União Europeia e do Japão, não valeu de grande coisa. É um número demasiadamente elevado que não permitirá, de todo, que sejam julgados os desumanos que fazem de todo um povo escravo dos seus caprichos, tanto mais que no Conselho de Segurança do qual a China e a Rússia são membros permanentes, os seus vetos não deixarão de impedir o julgamento que as circunstâncias requerem.
É evidente que cada vez mais as Nações Unidas mostram não serem mais do que um fantoche que os membros permanentes do Conselho de Segurança manobram ao seu bel-prazer. Como é evidente, também, que o mundo está, de novo, dividido em dois blocos que, mais cedo ou mais tarde se poderão confrontar de forma mais dramática, como as provocações e as “conquistas” da Rússia para refazer a velha URSS o fazem crer.
Para além destas “pequenas coisas” que deixam todo um povo à mercê dos seus carrascos e numa vida de profunda miséria, a hipócrita “globalização” continua e continuará até que também ela, um dia, estoire.
É assim o carácter dos poderosos do mundo, sobretudo o daqueles para quem os fins justificam os meios, por mais desumanos que sejam.
O papão Coreia do Norte continuará as suas experiências nucleares e os seus ataques a inocentes porque uns não têm coragem para o afrontar e outros, talvez, porque acham bem o que faz.
Talvez uns quantos, os tais 55 sem opinião, apenas tenham medo do que lhes possa acontecer se a expressarem.


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