Há já algum tempo que
pensei reflectir sobre esta questão tantas vezes sugerida por notícias de um
qualquer idoso que entrou na auto-estrada em contra-mão ou cometeu outra
irregularidade qualquer igual a tantas que os condutores mais jovens também e
mais frequentemente cometem.
Hoje, um programa
televisivo em que, ainda que de um modo pouco profundo, a questão foi abordada,
levou-me a fazê-lo.
Apesar de não serem os
idosos os mais culpados por tantos acidentes que acontecem, é evidente que a
questão deve ser pensada com os cuidados que a segurança rodoviária exige,
porque a idade tem os seus efeitos que vão reduzindo, necessariamente, a
capacidade para conduzir.
Falo com a experiência de
quem tem já uma idade avançada e conduz há quase sessenta anos sem, felizmente,
ser responsável por qualquer acidente.
Não sinto, por enquanto,
qualquer dificuldade para conduzir. Mas sei que não será sempre assim, pelo que
a verificação regular da capacidade que com o tempo inevitavelmente decrescerá,
terá de ser regular, devendo eu próprio , para além do que a lei exige, ter os cuidados e tomar as iniciativas
que as circunstâncias me levem a pensar serem necessárias.
É certo que jamais alivio
os cuidados que sempre tive na condução os quais, pelo contrário, mais reforço
para minha segurança e dos demais que, como eu, utilizam as vias públicas.
Não pode ser a idade um
factor determinante na permissão para conduzir mas sim as condições físicas e mentais que, em qualquer
idade e para bem de todos, devem ser devidamente controladas, porventura com
certificação do médico que, há tempo bastante, siga as condições de saúde de
quem pretende ver prorrogada a sua licença de condução.
A propósito, reproduzo aqui uma notícia de Agosto deste ano: "Nos últimos dois anos morreram na estrada 52 pessoas com presença confirmada de cannabis; 87,5% dos condutores estavam sob efeito activo da droga. Jovens são mais afectados. Primeiros dados nacionais do Instituto de Medicina Legal
A propósito, reproduzo aqui uma notícia de Agosto deste ano: "Nos últimos dois anos morreram na estrada 52 pessoas com presença confirmada de cannabis; 87,5% dos condutores estavam sob efeito activo da droga. Jovens são mais afectados. Primeiros dados nacionais do Instituto de Medicina Legal
Um número muito superior
aos casos de morte causados por acidentes com idosos que, quando acontecem, os
jovens jornalistas gostam muito de salientar.
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