Não
somos um povo que se caracterize por uma grande auto-estima.
Raramente apreciamos ou, até mesmo, reconhecemos o que de bom possuímos ou tenhamos feito, sendo demasiadas as vezes em que nos deixamos seduzir por feitos alheios dos quais, tantas vezes sem qualquer razão, nos julgamos incapazes.
Raramente apreciamos ou, até mesmo, reconhecemos o que de bom possuímos ou tenhamos feito, sendo demasiadas as vezes em que nos deixamos seduzir por feitos alheios dos quais, tantas vezes sem qualquer razão, nos julgamos incapazes.
Mas
a verdade que a realidade comprova, mesmo sem regressar ao passado heróico das
conquistas e dos descobrimentos, é que somos tão capazes como quaisquer outros,
nem sendo raro que, do pouco numeroso povo que somos, sobressaiam factos,
feitos ou figuras que o mundo não pode deixar de reconhecer entre os maiores.
E
para aliviar um pouco esta tensão com que o Caso Sócrates mais esmaga a pouca
consideração em que nos temos e do qual, constantemente, se ouvem ainda as mesmas
coisas, olhei um pouco para o lado e deparei-me com uma notícia sobre futebol
que me prendeu a atenção.
No
despique constante entre Ronaldo, que parece na calha para bater todos os
recordes do futebol, e Messi, já vencedor de quatro bolas de ouro, foi notícia
recente que o argentino teria batido o mítico recorde de Zarra no número de
golos marcados no campeonato espanhol.
Não
gostou da notícia a filha do antigo goleador que contrapõe que seu pai continua
a ser o recordista alegando, referindo-se a Messi, que
"É um grande jogador, mas participou em mais 12 jogos. Supera o número de
golos, mas penso que não é correto dizer que bateu o recorde. Não bateu. O
recorde será batido quando alguém marcar 251 golos em 267 jogos. Messi precisou
de 280".
Há
quanto tempo não ouvia falar de Zarra, o rematador poderoso que vi jogar pela
selecção espanhola por duas vezes! Penso, até, que poucos portugueses se
lembrarão dele, o que, depois de tanto tempo e por ser estrangeiro, me parece
natural.
Menos
natural me parece que não conheçam ou não recordem o enorme goleador
sportinguista Fernando Peyroteu que tantas vezes vi jogar e que, falando de
recordes, supera Messi e o próprio Zarra.
De
facto, aos 0,94 golos por jogo de Zarra e aos 0,9 de Messi responde o nome de
Peyroteu com os seus 331 golos em 197 jogos de campeonato, o que significa uma média de 1,68
golos por jogo, ainda por ninguém superada!
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