Depois de dezenas de anos
a fumar, passei a ser um não fumador que se não cansa de recomendar aos que
fumem que deixem de fumar!
À maneira do que a anedota conta daquele escocês que não fazia amor porque, dizia, “a posição é
ridícula, o prazer é efémero e sai caro”, é fácil dar conta do ridículo que é
andar pela rua pendurado num cigarro, ver uma boca que parece uma chaminé, como
é desagradável um bafo que cheira a tabaco e não será preciso fazer muitas
contas para verificar quão caro sai.
Mas o mais importante de
tudo é, sem qualquer dúvida, o mau que é para a saúde a satisfação de um prazer
efémero que é das maiores causas de morte em Portugal.
Como deixar de fumar?
Pensando em tudo isto, no mal que a nós próprios fazemos e no ridículo que é
depender de um vício caro e que nos obriga à figura ridícula de dele andar
pendurado!
Fui ao médico que me
receitou um medicamento que, fui avisado, não substituiria a força de vontade
de que necessitaria para deixar de fumar. O que desagradou profundamente ao meu
espírito de contradição.
Tomei religiosamente o
medicamento, mas fumei sempre que me apetecia enquanto ia olhando para
outros fumadores cuja figura me não agradava.
Um dia, pouco mais ou
menos um mês depois, deixei de fumar a olhar para aquele cigarro que, sem qualquer razão válida de ser, estupidamente ia meter na boca.
Diria até que criei uma
autêntica aversão a este vício mortal que, mesmo mais de dez anos depois, ainda
me cria algum desconforto.
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