Falar no orçamento do
Estado está na ordem do dia. Acerca dele se dizem as coisas mais díspares. Que
é bom e que é mau, que é de execução impossível e, para lá de tudo isto, que
está contra todos, até o FMI, a Comissão Europeia, a OCDE e eu sei lá mais quem
que têm outras ideias acerca do que venham a ser o crescimento económico, as
receitas dos impostos e outros parâmetros que são os que permitem fazer uma
previsão do que possa acontecer.
E pelo que vejo nas redes
sociais e oiço nos comentários que se fazem seja onde for, todos têm as suas
ideias, menos eu que nenhuma faço do que, brevemente, possa acontecer.
Creio que nunca um
orçamento terá sido tão difícil de fazer como este que em quase tudo depende de
coisas que aconteçam e sobre as quais não temos qualquer controlo.
Aliás, temos controlo
sobre o que? Temos a certeza de que?
Saberemos nós se na
próxima semana se iniciará uma guerra violenta na Ucrânia que os tanques de
Putin mais uma vez terão invadido?
Sabemos nós se em Portugal
ou em outro país qualquer um outro BES surgirá?
Eu não tenho a mínima
certeza.
Acusam muitos de que os
últimos orçamentos têm sofrido correcções constantes, assacando ao Governo as
responsabilidades de tal por simples incompetência.
E eu fico a pensar qual
será o comandante que, no meio de uma tempestade utiliza o “piloto automático”
em vez de proceder, ele próprio, às manobras oportunas que as circunstâncias
lhe façam ver serem necessárias, para se manter em segurança.
Há muito que me não dou
conta de orçamentos que, pela força das circunstâncias, não precisem de ser ajustados, tal como este que vai
ser aprovado, mais do que certamente, vai precisar.
Então, por que andarão
certos políticos a querer-nos fazer crer que podia não ser assim, se eles
próprios irão fazer o mesmo?
Ou será que nos querem deixar
entregues à sorte que nos pode afundar de vez?
Sem comentários:
Enviar um comentário