ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

AS INCERTEZAS DO ORÇAMENTO


Falar no orçamento do Estado está na ordem do dia. Acerca dele se dizem as coisas mais díspares. Que é bom e que é mau, que é de execução impossível e, para lá de tudo isto, que está contra todos, até o FMI, a Comissão Europeia, a OCDE e eu sei lá mais quem que têm outras ideias acerca do que venham a ser o crescimento económico, as receitas dos impostos e outros parâmetros que são os que permitem fazer uma previsão do que possa acontecer.
E pelo que vejo nas redes sociais e oiço nos comentários que se fazem seja onde for, todos têm as suas ideias, menos eu que nenhuma faço do que, brevemente, possa acontecer.
Creio que nunca um orçamento terá sido tão difícil de fazer como este que em quase tudo depende de coisas que aconteçam e sobre as quais não temos qualquer controlo.
Aliás, temos controlo sobre o que? Temos a certeza de que?
Saberemos nós se na próxima semana se iniciará uma guerra violenta na Ucrânia que os tanques de Putin mais uma vez terão invadido?
Sabemos nós se em Portugal ou em outro país qualquer um outro BES surgirá?
Eu não tenho a mínima certeza.
Acusam muitos de que os últimos orçamentos têm sofrido correcções constantes, assacando ao Governo as responsabilidades de tal por simples incompetência.
E eu fico a pensar qual será o comandante que, no meio de uma tempestade utiliza o “piloto automático” em vez de proceder, ele próprio, às manobras oportunas que as circunstâncias lhe façam ver serem necessárias, para se manter em segurança.
Há muito que me não dou conta de orçamentos que, pela força das circunstâncias, não precisem de ser ajustados, tal como este que vai ser aprovado, mais do que certamente, vai precisar.
Então, por que andarão certos políticos a querer-nos fazer crer que podia não ser assim, se eles próprios irão fazer o mesmo?
Ou será que nos querem deixar entregues à sorte que nos pode afundar de vez?


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