ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

VIROU-SE O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO


O que será possível não ter visto e comparado ao longo dos últimos oitenta anos? Muito pouco porque ao longo deles tiveram lugar a maioria dos acontecimentos mais marcantes da Humanidade. E para quem tenha memória e não sofra das amnésias que a certas crendices ou ideologias são muito convenientes, há afirmações que só a fantasia, senão mesmo a má fé, podem explicar.
Por exemplo, do tenebroso “holocausto” que foi a obra-prima do nazismo germânico e aconteceu já eu andava por este mundo, vi escrito que foi uma invenção que não corresponde a qualquer realidade! Como se não bastassem as evidências que, sem razões para dúvidas, o revelam a quem dele directamente se não deu conta e, assim, perpetuarão a memória da monstruosa infâmia para todo o sempre.
Tal como agora leio, transcrito do órgão oficial do PCP e a propósito do “muro da vergonha” que o comunismo construiu em Berlim em 1961, depois da guerra que derrotou o nazismo mas dividiu o mundo, que “aquilo a que assistimos no território da ex-RDA foi à destruição forçada das realizações económicas, sociais e culturais de mais de quarenta anos de poder dos trabalhadores”.
É uma desfaçatez sem tamanho perante os factos que sobejamente mostram terem sido os próprios “trabalhadores” que, depois de pedirem a ajuda de Gorbachov em visita a Berlim Leste, forçaram a queda de Honecker e, em seguida, derrubaram o muro que, supostamente, os defendia.
Depois, foi impossível ocultar a realidade da fantasia das “realizações económicas” que o PCP invoca e das agressões ambientais que causaram, as quais, sem motivos para dúvidas, a queda do muro revelou.
Virou-se o feitiço contra o feiticeiro!
Caiu o muro, mas é notório que não caíram as máscaras que, durante quase trinta anos, o mantiveram em pé.
Mas tentar tirar partido da ignorância é tática que não dura para sempre porque a verdade que se diz ser como o azeite, sempre acabará por vir à tona.



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