O que será possível não
ter visto e comparado ao longo dos últimos oitenta anos? Muito pouco porque ao
longo deles tiveram lugar a maioria dos acontecimentos mais marcantes da
Humanidade. E para quem tenha memória e não sofra das amnésias que a certas
crendices ou ideologias são muito convenientes, há afirmações que só a
fantasia, senão mesmo a má fé, podem explicar.
Por exemplo, do tenebroso “holocausto”
que foi a obra-prima do nazismo germânico e aconteceu já eu andava por este
mundo, vi escrito que foi uma invenção que não corresponde a qualquer
realidade! Como se não bastassem as evidências que, sem razões para dúvidas, o
revelam a quem dele directamente se não deu conta e, assim, perpetuarão a memória da monstruosa
infâmia para todo o sempre.
Tal como agora leio, transcrito
do órgão oficial do PCP e a propósito do “muro da vergonha” que o comunismo
construiu em Berlim em 1961, depois da guerra que derrotou o nazismo mas dividiu
o mundo, que “aquilo a que assistimos no território da ex-RDA foi à destruição
forçada das realizações económicas, sociais e culturais de mais de quarenta
anos de poder dos trabalhadores”.
É uma desfaçatez sem
tamanho perante os factos que sobejamente mostram terem sido os próprios “trabalhadores”
que, depois de pedirem a ajuda de Gorbachov em visita a Berlim Leste, forçaram a
queda de Honecker e, em seguida, derrubaram o muro que, supostamente, os
defendia.
Depois, foi impossível ocultar
a realidade da fantasia das “realizações económicas” que o PCP invoca e das
agressões ambientais que causaram, as quais, sem motivos para dúvidas, a queda
do muro revelou.
Virou-se o feitiço contra o feiticeiro!
Caiu o muro, mas é notório que não caíram as máscaras que, durante quase trinta anos, o mantiveram em pé.
Mas tentar tirar partido da ignorância é tática que não dura para sempre porque a verdade que se diz ser como o azeite, sempre acabará por vir à tona.
Sem comentários:
Enviar um comentário