É mais do que natural que,
perante a situação que vivemos, procuremos mil e uma razões para criticar o
Governo que aplica a “receita” de correcção dos desmandos cometidos e nos
colocaram na infeliz e humilhante situação de dependermos de outros para
sobreviver como país livre e independente.
Já escutei tanta gente que
me desiludiu pela vacuidade das suas opiniões, pela nulidade das soluções que
apresentam e pelas teorias de que nada resulta, que era minha intenção não mais
comentar fosse o que fosse que dissessem. Mas Adriano Moreira é, para mim, um
Senhor merecedor do meu respeito, tanto pelo seu saber como pelas ideias
sensatas que costuma transmitir. Por isso não podia deixar de ler a “peça” em
que, quase parece que a pedido do PS, ataca a legitimidade deste Governo.
Francamente, esperava ler
coisas diferentes das banalidades que por aí constantemente se dizem, tive a
esperança de encontrar alguém capaz de assumir a mudança deste referencial
obsoleto do qual fazemos quase uma bíblia e, finalmente, falar das mudanças de
que o país e o mundo necessitam para sair da trapalhada em que se meteram.
Esperei que dissesse que a Democracia tem de ser actualizada, adaptada ao novo
mundo em que vivemos e ao futuro que teremos de construir, porque as suas perspectivas
de curto prazo jamais nos retirarão do lodaçal em que nos fizeram cair.
Tive a veleidade de pensar
que alguém, finalmente, dissesse que chegou a hora de parar de tentar mudar o
mundo que é o nosso único e real referencial, ao qual somo nós quem tem de se adaptar!
Mas os políticos e
politólogos não são capazes de ir além daqueles “saberes específicos” que
inventaram e fizeram lei, crendo estarem certos por todo o tempo. Ainda não perceberam que há outros
saberes que o Homem aprendeu mas não inventou que lhes podem dizer como é errado o modo como pensam, que a “Era do Nível
de Vida” acabou e que apenas poderemos encontrar soluções na Era da Qualidade
de Vida” a que sejamos capazes de dar começo!
Gorando a minha
expectatica, Adriano Moreira limitou-se aos argumentos típicos da nossa
sociedade política, dentre os quais selecciono esta preciosidade: É
“absolutamente evidente que entre o programa oferecido e o programa que está a
ser executado não há coincidência e aí começa a perda da legitimidade do
exercício”. É assim que Adriano Moreira, praticamente, inicia as suas razões
para dizer que este governo está a perder legitimidade, acrescentando que o
acordo com a Troika que condiciona o Governo já existia antes das eleições!
Ora bolas! Só tivemos
governos ilegítimos até aqui? Pois, se nunca algum cumpriu aquilo com que se
comprometeu!
Professor, o Senhor é capaz de muito melhor do que isto.
Eu também gostaria de ter, a governar-nos, um Governo melhor! Mas onde está ele? Que promessas faria? As que o PS no vácuo apregoa? Depois cumpri-las-ia?
Quanto à Constitução, não será tempo de a mudar também em vez de cinicamente dizermos que a respeitamos, ou vamos transformá-la no livro verde do Khomeini ou no vermelho de Mao? Até esses já foram para o lixo...
Professor, o Senhor é capaz de muito melhor do que isto.
Eu também gostaria de ter, a governar-nos, um Governo melhor! Mas onde está ele? Que promessas faria? As que o PS no vácuo apregoa? Depois cumpri-las-ia?
Quanto à Constitução, não será tempo de a mudar também em vez de cinicamente dizermos que a respeitamos, ou vamos transformá-la no livro verde do Khomeini ou no vermelho de Mao? Até esses já foram para o lixo...
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