Ontem,
na sua conversa com Judite de Sousa no final de um noticiário
televisivo, Marcelo Rebelo de Sousa disse ter falado brevemente com
Mário Soares ao telefone e, pela energia que já demonstrou, estava,
com certeza a recuperar bem. Tal terá acontecido por ter ligado para
o seu amigo Eduardo Barroso que estava precisamente a visitar o
ex-Presidente da república que, apercebendo-se de quem estava do outro lado da linha, agarrou o telefone e lhe falou.
Nem
me passou pela cabeça duvidar da afirmação de Marcelo mas ao ler, hoje, uma
notícia que diz “o dirigente socialista João Soares escreveu
neste domingo, na sua conta de Facebook, que Marcelo Rebelo de Sousa
inventou uma "breve troca de palavras telefónica" com o
seu pai, Mário Soares, que se encontra internado no Hospital da Luz,
em Lisboa”, fico a modos de sem saber o que pensar!
Estou
certo que, não fora a separação política entre estes dois
personagens que todos bem conhecemos, este seria uma facto sem
consequências e todos, simplesmente, ficaríamos muito felizes
porque alguém que esteve muito doente se encontra, agora, a
recuperar.
Não
entendo por que Marcelo inventaria uma conversa que não existiu nem
imagino por que João Soares terá sido tão lesto a desmenti-la.
Ficará
no segredo dos deuses o que, de facto, aconteceu, se terá Marcelo
exagerado um pouco no que disse ou se a alguém foi recusado falar
com Mário Soares e se pudesse sentir afrontado por esta
“intromissão”que, assim, mereceria um desmentido...
Se
refiro este caso aqui, mesmo sem juizos de valor sobre o que qualquer
dos dois intervenientes tenha dito ou feito, é, simplesmente, para
sublinhar como a política faz de pequeníssimos pormenores, de
coisas simplesmente naturais, um caso com tal importância que merece
estes destaques negativos.
Por
que será que a política não é simples como o deve ser a vida?
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