Acabo de ler a notícia de
que, afinal, não há apenas dois tipos de colesterol, o bom e o mau como é hábito
chamar-lhes. Investigadores dinamarqueses acabam de descobrir o pior de todos,
o “colesterol feio”, o verdadeiro inimigo do nosso coração, o responsável pelos
enfartes, pela aterosclerose, pelos AVC e sei lá que outras maleitas graves.
Não sei porque, a notícia
fez-me lembrar de alguém que acabara de dizer-me estar farto de política, que o
melhor é viver a vida e fazer de conta!
Ainda que sabendo que a
política não esquece mesmo quem dela se se queira esquecer, não deixo de lhe
dar razão porque se tornou num espectáculo degradante, um teatro de
faz-de-conta, mas este de um género que sem ser auto, revista, tragédia, comédia,
de feira ou sei lá do que seja, só pode ser o “teatro feio” que em vez de nos
divertir nos desconforta.
Enche jornais, programas
de televisão, faz as delícias de palradores que disseram ontem o que hoje já
desdizem, faz os pensadores espremer a “tola” para não dizer nada de jeito,
porque há anos que não acertam, nem no mal nem na cura.
Mais se ouvem os maus
presságios do velho do Restêlo do que se sente o vigor da alma do Infante cujo
sonho nos levou tão longe!
Deposita-se nas veias o
maldito colesterol feio que as vai endurecendo e fazendo estreitas, incapazes
do vigor de que necessitaríamos para fazer, de novo, de Portugal um país.
E aqui estou eu, mais uma
vez, pensando em tanta asneira que se diz, em tanto truque que se faz, em tanta
inveja que se tem e nos que encontraram na “crise” um modo de vida que os tirou
da crise em que viviam para se tornarem os gurus que agora julgam ser.
Enfim...
Enfim...
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