Critica-se a reforma que
contempla a fusão de Freguesias e cuja lei foi promulgada, tal como se renega a
Reforma do Estado que, durante o mês de Fevereiro o Governo português deverá presentar
à Troika! Critica-se isso e muito mais, porque há muito para criticar.
Nestes casos das
Freguesias e da Reforma, eu tenho que dar razão a quem critica, o que, porém,
não basta, porque de tal não resulta nada para além do ruído que causa e da
confusão em que deixa tanta gente! É preciso muito mais do que criticar porque,
sendo algo que a todos diz respeito, ninguém deveria excluir-se deste processo,
muito menos quando invoca a razão de ter uma melhor solução! Melhor do que o
que? Melhor como, se não conhecemos as suas ideias? Melhor para que, se nem os
objectivos foram pormenorizados? Enfim…
É óbvio que, uma vez mais
me refiro à intransigência “social-demagógica” que recusa participar de uma
tarefa cujos resultados dizem respeito, também, aos seus apoiantes, além de
que, sendo a tarefa gigantesca, precisa de gente e de tempo para ser pensada e
realizada.
Procurei uma palavra que,
à semelhança de “constitucionalista” que define os que conseguem ler nos
meandros da Constituição, definisse os que são versados em democracia e
pudessem, por isso, analisar os ajustamentos que as mudanças que a vida tem lhe
pudessem merecer. Penso que “democracialista” ficaria bem. Gostava que se
envolvessem numa grande discussão na qual Mário Soares diria, por certo, que ela
tem soluções para tudo e eu diria que, do modo como se deixou ultrapassar pelos
factos e pelo tempo, produz mais problemas do que soluções, do que se não
livrará enquanto considerar as críticas que lhe são feitas como um crime de
lesa-sociedade livre.
E como tem resolvido a
democracia os seus problemas? Com a alternância democrática. Eleitos uns no
pressuposto de que fariam melhor do que outros que não deram conta do recado,
acabam substituídos pelos que antes fizeram pior mas agora, com um discurso
novo, levam a pensar serem capazes de resolver os problemas que, entretanto, se
foram tornando maiores, numa sequência de “tentativa e erro” que as circunstâncias
já não consentem, pela exiguidade de meios a que tanto desperdício conduziu.
E por aí fora...
E por aí fora...
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