Já é do conhecimento de
todos que o Presidente da República remeteu ao Tribunal Constitucional o OE
2013, em consequência de fortes dúvidas quanto à constitucionalidade de algumas
medidas tomadas em relação aos reformados, às quais já me referi anteriormente.
Quanto a mim que não tenho
outro remédio senão resignar-me com o que me tiram para pagar os disparates feitos
por irresponsáveis e inimputáveis do grupo da social-demagogia, de nada reclamo
quando me pareça tratar-se de um esforço equitativo. Mas quando, sendo já
reformado, me pedem um contributo especial que a outros não é pedido, apenas posso
destilar a raiva dos que se sentem traídos e roubados. Mas de pouco me adianta reclamar
num país governado por insensíveis. Restar-me-á que, quem tem o poder de o
fazer, analise a questão e sobre ela decida com a atitude de justiça que requer.
Poderia acalmar-me o
reconhecimento da monstruosidade cometida mas, de um grupo de “analistas” que
sobre esta matéria, numa estação de TV, longamente peroraram, apena escutei disparates a que o facto de o
próprio Presidente da República ser um reformado deu lugar e, segundo eles, desta
forma se terá tornado no chefe do “partido dos reformados”!
O PR que, como a lei lhe
consente, preferiu continuar a receber as suas pensões em vez do salário do cargo
que ocupa, terá, diz esta gente, decidido em causa própria, o que lhe retirará ainda
mais da pouca confiança que o povo já nela terá, conforme afirmam.
Pasmam-me estas rebuscadas conclusões a que só cabeças mesquinhas conseguem chegar, cabeças próprias da “sociedade de comadres” e de grupos de interesses em que Portugal se tornou.
Pasmam-me estas rebuscadas conclusões a que só cabeças mesquinhas conseguem chegar, cabeças próprias da “sociedade de comadres” e de grupos de interesses em que Portugal se tornou.
Perderam-se, depois, em
lucubrações insinuantes de diversos tipos de consequências para o Presidente, sobre
o que, pela sua atitude, dele se poderia ou não dizer, sem jamais lhes passar
pela cabeça comentar a justiça ou injustiça de uma atitude de pilharia que só um
governo sem pinga de vergonha pode praticar.
E eu fico a pensar até
onde poderá chegar este país onde se pensa e se analisam as questões desta maneira.
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