Há quem não consiga viver
sem estar no “contra”, há quem não seja capaz de passar sem dizer mal, há quem
prefira criticar seja o que for a fazer qualquer coisa… são feitios! Mas o pior
é que há quem não consegue entender que o bem comum é o seu próprio bem.
O nosso “leque político”
tem de tudo isto. Os resquícios de uma ideologia que nasceu torta e morreu
podre, a pujança de um voluntarismo que não consegue realizar as suas utopias e
o egoísmo de quem julga que o poder lhe pertence.
Poucos conseguem entender
que precisam de olhar para fora das suas “conchas” se querem ver o mundo que
têm a pretensão de governar.
Sempre foi minha teoria
que não resta ao Homem mais do que adaptar-se à Natureza a que pertence e que,
quando assim não faz, esta se encarregará de lhe mostrar o caminho que, por sua
iniciativa seguirá ou as condições lhe imporão.
Depois de todos os
indicadores que esta “crise” nos revelou, das evidências das consequências penosas
dos excessos que cometemos e a Natureza não suporta, ainda nem todos
conseguimos admitir a inevitabilidade de mudar alguns hábitos da nossa vida,
temos uma enorme dificuldade em abdicar de direitos conquistados por lutas políticas mas não garantidos pelo
cumprimento de deveres que os suportem.
Seria bom que o fizéssemos
de modo inteligente e ordeiro, de acordo com a nossa natureza e com a
sensibilidade que temos como povo e não por imperativo de quem de Portugal não
entende nada.
Perante a inevitabilidade que podemos adiar um pouco mais mas nunca anularemos, seria bom que todos nela
participássemos sem outros interesses para além dos do nosso país que atravessa tempos difíceis, das necessidades de gente demais que sobrevive cheia de
dificuldades, com a nobreza de caracter que foi a de um povo que chegou a
impor-se ao mundo.
Este é o momento de
reestruturar o Estado sem intolerâncias ideológicas, sem egoísmos de conquista
de poder, sem submissões a interesses estrangeiros e sem o obscurantismo dos
que, para além dos problemas financeiros outros não conseguem ver, como se, na
vida, nada mais contasse.
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