Cedo,
na escola, nos ensinaram a “teoria dos vasos comunicantes”. Mas
não me espanta que muitos a tenham já esquecido no tradicional
“ligar à terra” que se faz depois daqueles exames onde, com
menos ou mais sucesso, desbobinámos o que um enorme esforço de
“encornanço” permitiu reter por breve tempo.
Mas
mesmo esquecida, a teoria tem validade e até bem evidente neste caso
dos cortes ou da reforma, como preferirem chanar-lhe.
Como
pensarão os contestatários resolver o problema do desequilíbrio
que uma despesa imensa causa senão cortando nesta ou aumentando os
impostos que a sustentam?
Deve
haver uma física “social-demagógica” que eu não conheço e não
se conforma com qualquer daquelas que, segundo as circunstâncias,
são próprias da Natureza, no infinitamente pequeno, nos fenómenos
da nossa dimensão ou quando pensamos à escala universal.
Essa
seria a descoberta que faríamos se permitíssemos a Seguro governar
o país depois desta gritaria ensurdecedora que tem feito a dizer que
tem soluções para tirar Portugal da crise e que está preparado
para o fazer, para o que já pede uma maioria absoluta.
E,
farto como estou de tanto estrilho, de tanto disparate que oiço, de
estridências que os meus tímpanos já não suportam, apetece-me
gritar DEIXEM O HOMEM GOVERNAR!
Mas
logo que me vem à ideia uma “gaveta” que escerevi em Setembro de
2010, à qual chamei “O HOMEM DO PÍFARO” e pergunto-me: e se ele
não é o homem do pífaro? Vir-se-ia a saber daqui a muito tempo,
numas escavações onde encontrariam as ossadas de um povo infeliz
que se deixou levar pelas cantigas de Seguro!
Nota:
No blogue existe um espaço onde pode escrever o que pretende
encontrar e, se escrever lá “o homem do pífaro”, poderá ler a
“estória” a que me referi no texto acima, então a propósito de Sócrates.
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