Um humorista brasileiro
que muito me fez rir quando os seus programas passavam regularmente na
televisão portuguesa, é Jô Soares, o Gordo, que para além do célebre “estão
mexendo no meu bolso” que tanto me lembra agora, contou, um dia, uma anedota da
qual nunca me esqueci.
Um indivíduo, suado e com
todos os sintomas de estar cheio de calor viajava no metro. A certa altura, não
podendo conter mais a sua ânsia, começou a gritar “aiiii! que sede que eu
tenho, que sede que eu tenho!”. O combóio para e, perante aquele desespero,
alguém pega num balde, enche-o de água de dá-lho a beber. Quase de um trago (!)
o homem bebe a água toda e o combóio seguiu o seu caminho. Mas o homem,
visivelmente excitado, continuou a gritar “que sede que eu tinha, que sede que
eu tinha”!
Como será que aquele homem
que faz da piada a sua vida, conseguiu antecipar de tantos anos o que agora se
passa em Portugal? Espantoso!
São inúmeros os políticos que
tentam encenar esta anedota, mas não há quem o faça melhor do que Seguro que,
por tudo e, sobretudo, por nada, não para de gritar a sua sede de poder que,
palpita-me, jamais chegará a matar. É mais fácil o comboio descarrilar.
Mas de outra coisa me não
esqueço também, é que há quem se engasgue com a água quando vai com demasiada
sede ao pote.
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