Escutei
com atenção o discurso do Presidente da República, tal como
escutei algumas das críticas que lhe foram feitas. Mas nem sei o
que dizer!
Estamos,
como diz o Presidente, numa espiral recessiva que, como diz também,
tem de ser travada. Antes de nos levar para mais fundo ainda no
inferno em que já estamos, digo eu!
A
desilusão que tive no final do primeiro ano de governação de
Passos Coelho e Gaspar, a qual aqui registei, foi enorme e deu-me a
certeza de que, afinal, as coisas que deveriam ter sido feitas para
evitar mais austeridade, o não haviam sido, que as soluções
propostas para sair da “crise” apenas mais a agravariam e,
pior do que isso, que o entendimento do que deveria ser feito para
estabilizar o futuro é coisa que o governo desconhece e que os que o
criticam nem imaginam o que seja.
Isto
porque ninguém ainda nos veio dizer que a economia se não faz do
nada, mas sim dos recursos que a Natureza coloca à nossa disposição
e devremos gerir com moderação porque não são infinitos.É com esses recursos que se faz a economia e não com o dinheiro que se possa moldar ou imprimir!
Não são as “engenharias financeiras” que suprem as nossas carências, que satisfazem as nossas necessidades. Por que continuarão com elas? Fazem-no para enganar quem?
Não são as “engenharias financeiras” que suprem as nossas carências, que satisfazem as nossas necessidades. Por que continuarão com elas? Fazem-no para enganar quem?
É
pena que os políticos tenham de esquecer as coisas mais básicas,
mas da maior importância, que lhes ensinaram nas escolas para,
assim, arranjarem lugar onde caibam todas as trampolinices de que a
política é feita, o convencimento de que as coisas são como lhes
convém e não como são, a convicção de que, sem eles, o mundo não
sobreviveria!
Não
sendo capazes de olhar para além do próprio umbigo, do qual parecem
tirar as espantosas ideias que nos dizem sem alternativa,
conduzem-nos pelos caminhos enviezados entre montes estéreis, no fim
dos quais um grande deserto nos espera.
Nem
um só político será capaz de dizer que não é esse o caminho, que
diga que o caminho é o do regresso à Natureza da qual não temos
como fugir?
A
Natureza não é a quinta que o Homem explora, mas sim o meio a que
pertence, sem o qual não sobreviverá. Não aprenderam isto?
Não
entenderam, ainda, os homens das ciências fantasmagóricas que lutam
contra forças mais poderosas que nunca conseguirão vencer, que é
a Natureza e não os gurus que por aí pululam quem marca o ritmo da Vida?
E
a Igreja que me ensinou o amor pelo próximo, que contribuição tem
dado para um melhor entendimento das coisas?
O
livro do Papa, as homilias do Cardeal Patriarca de Lisboa, os
desbocanços de D januário e tantos outros, nada nos dizem que
preste. Quando dirão como são as coisas, como é o mundo e nos
demonstram que não são apenas os políticos os culpados das
desgraças nem são os endinheirados que fazem a fome dos que nada
têm para comer? Quando se dispõem, finalmente, a iluminar a
estupidez humana?
O
dinheiro nada produz e também se não come! Mas é atrás
do dinheiro que todos corremos, em vez de trabalhar.
Nas crises não se fala de más ou boas colheitas, de boa ou má alimentação. Fala-se de dinheiro que cada país fabrica à medida das suas necessidades! Como os Estados Unidos que não páram de o fabricar para "por a economia a funcionar...", mas a verdade é que apenas o esforço e o trabalho que nos permitirão a forma possível de viver, apenas a solidariedade permitirá a justiça de uma distribuição equitativa e apenas a cooperação que nos permitirá ir mais além, enquanto o confronto em que se disputa o poder nos afundará cada vez mais.
Nas crises não se fala de más ou boas colheitas, de boa ou má alimentação. Fala-se de dinheiro que cada país fabrica à medida das suas necessidades! Como os Estados Unidos que não páram de o fabricar para "por a economia a funcionar...", mas a verdade é que apenas o esforço e o trabalho que nos permitirão a forma possível de viver, apenas a solidariedade permitirá a justiça de uma distribuição equitativa e apenas a cooperação que nos permitirá ir mais além, enquanto o confronto em que se disputa o poder nos afundará cada vez mais.
Não
fosse isto tudo tão sério e eu fartar-me-ia de rir com os
disparates que ouvi dos “entendidos” que, na sua maioria, mais ou
menos disseram que “se falou, tem de agir...” Penso que
desejariam que demitisse o governo!
Se
houvesse por aí um palanque bem alto e cómodo, de onde eu e todos
aquele de quem gosto pudessemos ver a “festa” em que esta malta
está louca por se divertir...
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