ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O FUTURO DA HUMANIDADE. RECORDADANDO DAVID ATTENBOROUGH



Todos nos recordamos daqueles fantásticos programas televisivos em que David Attenborough nos mostrava o mundo e os mistérios da Natureza em todos os seus domínios. Foram programas de elevado nível cultural e científico que trouxeram ao nosso conhecimento aspectos e pormenores desta Natureza da qual fazemos parte mas de que nos julgamos senhores.
Por isso Attenborough nos classifica como uma “praga” que ameaça a sua própria existência e a das outras espécies, pelo modo como utilizamos, exaurindo-os, os recursos naturais que são toda a riqueza material que possuímos. De facto, comportamo-nos como autênticos predadores e não como gestores dos recursos limitados que possuímos, como em muitos dos meus escritos, há anos venho dizendo.
Os programas de Attenborough foram substituídos por outros menos dispendiosos em que as técnicas de captação de imagens predominam sobre o conhecimento esclarecedor das razões de como tudo se passa e acontece.
No discurso de Attenborough achei curiosa esta frase que transcrevo, vinda da boca de alguém que dedicou a sua vida a compreender e a explicar  a natureza e os fenómenos naturais: “Nós somos uma praga na Terra. Vai virar-se contra nós por volta dos próximos 50 anos. Não são apenas as mudanças climáticas, é a falta de espaço, de locais para plantar alimentos para esta enorme horda. Ou nós limitamos o nosso crescimento populacional ou a natureza irá fazê-lo por nós, e a natureza já o está a fazer agora”.
Não esqueçamos que, numa Humanidade que tem, no mínimo, ciquenta milhões de anos, triplicou em menos de 100 anos o número di indivíduos que ultrapassam, já, os sete mil milhões de seres humanos.
Para além dos problemas geo-físicos em que as mudanças climáticas e a exaustão de recursos se inserem, também a alimentação se tornará um problema muito sério para o futuro da Humanidade, bem como complicados problemas morais se nos irão colocando.
É enorme a resistência que opomos ao reconhecimento de novas realidades, sobretudo aquela que mais complicam a já complicada vida de uma economia sem futuro! Mas não esqueçamos o recente comunicado da Casa Branca sobre a evidente realidade das mudanças climáticas, cujos efeitos nos diversos domínios ainda, nem sequer, perdemos muito tempo a analisar, ao qual se seguirão outros de reconhecimento de graves problemas globais que as nossas políticas descuidadas fizeram crescer e desprezaram. Aos poucos vamos ter de reconhecer a verdadeira dimensão do drama que criámos!

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