Rezam as crónicas que quem
espera por sapatos de defunto para se calçar, corre o risco de morrer descalço.
Confirmam-se estes ditos
pela frequência com que os factos os justificam e mostram ser, como também se
diz, saber de experiência feito.
Anda Seguro afadigadamente
a preparar-se para governar, não vá uma crise política apanhá-lo desprevenido,
tantas são as “bocas” sobre os desentendimentos na Coligação. Tão certo é isso
que nem teve medo de dizer que os portugueses iriam ficar surpreendidos com
algumas das figuras da sua equipa governativa.
Não seria eu um dos
apanhados pela surpresa porque, atento ao que dizem algumas pessoas às quais a
TV dá relevo, não me é muito difícil pensar quem poderia sentir que, junto de
alguém pobre em ideias, poderia ver as suas, pobres elas também, realçadas.
Não me parece, porém, que
este “governo” chegue a sair deste ovo que se partiu antes do tempo, atirado à
malvas pelo próprio PS que entende que “o PS tem de fazer muito mais para ser
alternativa credível de governo”.
E, deste modo, se gorará,
talvez, a segunda passagem de Freitas do Amaral por um governo “social-demagogo”
que muito bem se coaduna com uma postura errática que, em classe de turismo, o
levou da direita à esquerda.
É evidente que não dá boa
conta de si quem for de ideias fixas porque, diz-se, só os burros não mudam de
ideias. Mas mudar de princípios é outra coisa.
Talvez o Engº Rui de Carvalho tenha uma ideia preconceituosa sobre o Prof. Freitas do Amaral.
ResponderEliminarUma palestra, feita por ele, sobre o filósofo católico Jacques Maritain, ajuda a fazer luz sobre os seus sentimentos e visão política.
Como José Ribeiro e Castro faz notar, no fim, Freitas do Amaral falou quase 50 minutos de improviso, mas, com uma clareza, uma estruturação de discurso e um conhecimento sedimentado, de quem, muito tem estudado e reflectido ao longo da vida, sobre os assuntos e as teorias da Política Humanista.
Quando, no decorrer de tantas mudanças nas condições e posições políticas dominantes, se mantém uma coerência de pensamento, pode ser feito, por um observador apressado e intoxicado pelos "soundbytes" da comunicação social, um juízo injusto e errado.
Acho que vale a pena meditar sobre o essencial do pensamento de Freitas do Amaral.
Só o diálogo e entendimento ente os verdadeiros humanistas, de qualquer religião ou ideologia, pode gerar práticas e políticas adequadas ao progresso, justiça e paz social.
Link para o "podcast" áudio:
http://rsspod.rtp.pt/podcasts/at1/1211/2201848_124348-1211191553.mp3
Não se trata de preconceitos mas de factos que testemunho nas suas atitudes. Quanto ao que se diz ou se escreve, há sempre aquele "saber de experiência feito" que toma Frei Tomás por exemplo e aconselha fazer o que ele diz e não o que ele faz! Que Freitas do Amaral já tomou atitudes contrárias às ideias que, durante tanto tempo defendeu, é mais do que óbvio.
ResponderEliminarPor tudo isto, as ideias que eu possa ter sobre Freitas do Amaral nunca podem ser preconceituosas mas resultado da minha observação.
Neste momento de grandes tormentos, não me falem de diálogos mas de acções!