Seguro levantou a ponta do
véu que cobre o secretíssimo plano para salvar o Estado Social quando, ao afirmar-se
disposto e preparado para governar o país, disse não poder prometer aos
portugueses que baixaria os impostos.
Lembrando, de novo, o
princípio dos vasos comunicantes de que ainda há pouco tempo lhes falei, não me
parece que o “plano” do PS seja assim tão secreto ou inovador porque que é com
impostos que pagamos tudo quanto o Estado nos possa dar. Isso todos sabemos.
Onde estará, pois, a viabilidade
do plano? Na continuação do endividamento que todos os governos socialistas
privilegiaram ou na harmonização das despesas e das receitas que, para além das
magias secretas que alguém diga dominar, é a única via conhecida?
O plano de Seguro nem
sequer é original no modo como se propõe ganhar a popularidade dos que, em
eventuais eleições, lhe dêem a maioria absoluta que pede para governar pois, tal
como outros, promete o Céu sem a purificação dolorosa do Purgatório! O Inferno
é o resultado de tudo o que outros possam fazer.
Não é o “discurso da tanga”
de que Sócrates se dizia vítima, mas é a “tanga de discurso” que, por certo,
não vai convencer ninguém.
Sem outras virtudes que
não estas que na trivialidade da oratória política são correntes, não serei eu
quem esperará grandes coisas de uma governação que faça do actual nível de
impostos a sua base.
Continuarei à espera de melhores propostas...
Continuarei à espera de melhores propostas...
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