O caso dos sete filhos
tirados, definitivamente, aos pais porque não tinham meios materiais bastantes
para os sustentar, continua a alimentar uma polémica da qual os juízes e as
técnicas da Acção Social vão sair muito mal vistos. Aliás, já o estariam, até,
porque não é o primeiro caso em que as decisões judiciais se não conformam com
o modo de ser de um povo para o qual a família, apesar de tantas agressões, ainda
continua a ser um pilar.
Num programa de TV ouvi,
hoje, alguém dizer que se não tiram filhos aos pais por falta de meios
materiais mas sim por práticas que ponham a sua segurança em risco. Enfim,
alguém disse algo que se coaduna com o que eu próprio penso e é dominante na
sociedade portuguesa.
O que me surpreendeu foi o
que disse o convidado habitual do programa que, em determinado momento, afirmou
não lhe interessarem os divórcios ou não divórcios mas sim a educação sexual na
escola que, diz ele, não é apenas “ensinar a meter o pénis na vagina” mas
ensinar o que é ter filhos, as consequências, etc, etc.
Como não ouvi o programa
desde o seu início, alguma razão de ser haveria para falar na educação sexual,
por certo em consequência do número de filhos do casal ao qual os mais novos
foram caçados pela Justiça!
A este respeito duas
coisas me parece ser de atender. Em primeiro lugar a religião do casal que o “perito”
talvez não conheça muito bem a forma de lidar, depois os divórcios ou não
divórcios que diz não lhe interessarem para nada!
Mas deviam interessar
porque a banalização do casamento que, aos poucos, se vai tornando na simples legalização
de uma relação temporária a que um qualquer interesse deu lugar, está a
destruir o cerne da sociedade, o núcleo no seio do qual se passam (ou deveriam
passar) algumas das coisas mais importantes da nossa passagem por este mundo, a
começar pela educação.
Nem imagina, sei lá, esse “perito”
os riscos que correm os filhos de pais divorciados, as consequência que tal
acto “banal” tem para a sua vida futura em que, quase por certo, se tornarão
divorciados que, por sua vez, negam aos filhos o ambiente do lar que escola
alguma pode substituir por mais aulas de educação sexual que lhes dêem.
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