Foi a evidência de uma
orgia de tempo perdido aquela sessão da Assembleia da República que, mais uma
vez, mostrou não ter ideias concretas sobre o que, de facto, causa este mal
estar que nos castiga, com discussões, algumas inúteis, sobre soluções que o
não são.
Afirmam uns, quanto a mim
com verdade, que se não pode regressar ao despesismo que levou a esta situação,
enquanto outros criticam duramente os “cortes” que são feitos para o
reequilíbrio inevitável das finanças nacionais e clamam contra o que dizem ser
a destruição obstinada do Estado Social que, do modo que estava e como sabemos,
não era sustentável, estava desorganizado e se prestava a dezenas de esquemas
fraudulentos que o prejudicaram em muitas dezenas de milhões de euros.
Em vez de trabalharem em prol do país, andam estes senhores a
brincar com coisas sérias como são o bem estar de todo um povo que tem a
desdita de se deixar influenciar sempre pelas mesmas cabeças e reage aos
estímulos de ideologias caducas cuja representação na AR já não faz qualquer
sentido.
Foi uma sessão para mim
deprimente porque realçou como, no meu país, se privilegiam os interesses
partidários em detrimento dos nacionais que esta classe política parece nem se
aperceber de quais sejam.
Continua em aberto como resolver os problemas em Portugal, o que, estou mais do que certo, se não fará com crises políticas provocadas por campanhas demagógicas, manifestações e moções, mas sim com cooperações que uns não desejam e outros nem imaginam o que sejam.
Á semelhança de um "professor" que por aí dá notas depois de fazer palpites, também me apetece dar uma nota bem negativa a esta AR que pagamos sem a contrapartida da defesa do que para todos nós é mais importante.
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