Aumenta a cada dia o
número de comentadores disto e daquilo, de pessoas que parecem saber de tudo
como ninguém e de tal modo que nunca encontram mérito seja no que for que outros
façam. De um modo geral são, também, futurologistas criativos, videntes
esclarecidos mas que acabam, a curto prazo, a necessitar de justificar as falhas
que o tempo revela e que, mais hábeis uns do que outros, transformam na razão de ser
de novas críticas e de mais umas quantas previsões. E assim sucessivamente…
A maioria nunca expôs a
sua capacidade para fazer à crítica dos outros, porque nunca fez nada que a
merecesse. Criticar é bem mais simples. Outros, também há desses, já foram
objectos de crítica quando tentaram fazer e, por certo sem se dar conta, acabam
a criticar o que fizeram e a dizer que deve fazer-se o que eles não foram
capazes de fazer. Enfim, uma baralhada que mais não serve do que para aumentar a confusão de tanta gente que, sem a informação certa, acaba ainda mais desinformada.
E pensei que gostava de
ter a possibilidade e a capacidade para os ver e ouvir todos ao mesmo tempo
para entender como é enorme a barafunda que causam, ensurdecedor o ruído que
fazem, inútil tudo o que dizem, acabando a recordar aquele dito que, em muitos
casos, tem a maior razão de ser: “quem sabe faz, quem não sabe ensina…”. É
fácil a transposição para as guerras políticas em que todos estes críticos acabam
por se envolver, porque não encontrei ainda quem, nas suas conversas de nada,
seja capaz de esconder os preconceitos que baiam as suas críticas e os
interesses que enformam as previsões que faz.
Depois, engraçado é deixar
correr o tempo e confrontar tantas críticas e previsões com as coisas bem
diversas que acontecem.
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