É uma pena que Gaspar não prefira
outras soluções que não sejam, essencialmente, cortar pensões e salários.
É natural que seja assim quando
se dá poder demais aos “homens do dinheiro” nos tempos em que este não abunda, fazendo
com que todos os demais, a quem compete manter o país a funcionar e seguro, fiquem
sem grande margem para fazer seja o que for.
Parece-me ir já longe
demais a preponderância das finanças, das soluções que lhe são próprias e
tolhem outras que evitariam o desconforto e as perdas que as soluções meramente
financeiras provocam.
Na nossa tradição de
“financeiros de banca” que pouco percebem de economia real e de problemas
sociais, é deste modo mais simples e imediato que resolvemos os problemas, com
austeridade crescente. Nem que tal cada vez mais nos coloque na dependência dos
interesses de economias mais fortes.
Torna-se evidente como as razões se
dividem no Concelho de Ministros e como, cada vez mais, sobe de tom a
voz da frente que se opõe a Gaspar, sabe-se lá com ques consequências a mais
curto ou longo prazo. Talvez por isso, como abutre que sobrevoa a presa, o PS
espera a sua vez de não fazer melhor. Infelizmente.
Sem por de parte a
necessidade de austeridade que, em tempos de ruptura financeira, não há como
evitar, há tempo demais que outras alternativas deveriam ter sido consideradas,
com soluções mais conformes com as razões que ditaram a crise e menos com a
obrigação de a pagar.
Ontem escutei, por
exemplo, um ex-Secretário de Estado da Energia falar dos erros pasmosos e
grosseiros que se fazem em domínio tão sensível e que, como em outros domínios,
se disfarçam com as cada vez mais célebres “rendas”, “taxas” e “portagens” que
continuam a sangrar o país e a pedir cada vez mais sacrifícios aos que têm de
as pagar.
É extraordinário o que se
paga em cada factura de quaisquer serviços que nos sejam prestados, abastecimento
de água, fornecimento de energia eléctrica, fornecimento de gás, televisão e
telefone, seja o que for. Em tudo pagamos, também, ao Estado e à Câmara,
entidades a quem voltaremos a pagar, ainda mais, sob outras formas.
Quantas coisas há para analisar
e, por certo, para corrigir, atitudes que não fazem parte das contas do rosário
do Ministro das Finanças para quem é bem mais fácil deitar a mão ao que der
menos trabalho.
o mal dos governantes principalmente do passos, gaspar e portas é não terem cabecinha para analisar com prudência e honestidade os cortes a serem efectuados em vez de cortes cegos feitos sem qualquer rigor. é preciso cortar e corta-se onde dá menos trabalho. estão-se lixando para os trabalhadores e reformados. continuo interrogando-me porque não cortam nas mordomias dos políticos e naqueles que recebem milhões pagos por nós nas facturas da luz, gás, nos combustíveis, água etc etc etc.........
ResponderEliminarEstamos num país de livre expressão. Porque o anonimato? O país avança quando nos afirmamos pessoalmente, doa a quem doer...
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