Na operação da GNR
participarão mil e quinhentos agentes, o que dá a esta operação uma dimensão
invulgar, própria daqueles períodos festivos em que o trânsito aumenta significativamente.
Obviamente que só posso
estar de acordo com todos os cuidados que se ponham no propósito de baixar uma
sinistralidade estúpida em que um excessivo número de vítimas é, anualmente,
ceifado.
Ainda que a velocidade
seja, indubitavelmente, um factor de risco na segurança da condução, há
diversos outros factores que concorrem para a sinistralidade que possa
provocar, como o tipo de viatura e o seu estado de conservação, a perícia e a
capacidade do condutor, a natureza e qualidade das vias, as condições de trânsito
em cada momento. Isto significa que não será a velocidade, apenas por si, a
causa da sinistralidade que, de um modo simples, lhe é atribuída.
Deve haver, pela certa,
trabalhos de investigação neste domínio, aos quais nunca tive acesso nem, em
discursos ou palestras que tenha ouvido a este respeito, vi referir o peso de
cada um destes factores, bem como as circunstâncias em que os acidentes causados
por excesso de velocidade ocorrem.
Apesar de tudo, não
deixarei de julgar positivas as acções de controlo que se levem a efeito mas
gostaria que, tanto o público como os agentes que tentam fazer cumprir a lei,
fossem instruídos de uma forma completa para que quer o cuidado dos condutores
como a fiscalização que lhe seja feita se tornem eficazes. De outro modo mais
parecerá uma operação de caça à multa. E não me chamem mal intencionado por
dizer isto.
A propósito e sem a
veleidade de querer dizer alguma coisa que todos já não saibam, há numerosos
factores e infracções que, parecendo mais inócuos, são bem mais contribuintes
para a sinistralidade do que alguns excessos de velocidade. Mas procura-los e
controlá-los, dá muito trabalho…
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