ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 7 de abril de 2013

E DEPOIS DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL...



Se fosse irresponsável, ficaria feliz se o Governo se demitisse para, finalmente, saber como Seguro ou outro qualquer que diga ter soluções resolveriam os problemas que temos e que são, em suma, a falta absoluta de meios financeiros para as despesas normais do Estado Social que todos desejamos ter.
Era evidente que, para além da demissão que não apresentou, ao Governo restavam duas alternativas óbvias que são, aumentar os impostos ou reduzir os serviços que presta, os salários e as pensões que paga, os investimentos que faz.
Não consigo ver como eleições antecipadas resolveriam o problema que é o reequilíbrio financeiro do país nem como fortaleceriam o nosso poder negocial perante os credores externos a quem, suspostamente, obrigaríamos a ceder a todas as exigências que nos permitiriam a recuperação que prometem.
Pela falta de cooperação, Portugal tornou-se num saco de gatos que furiosamente se arranham e, com isso, não melhorarão, por certo, o seu bem-estar.
Depois do discurso do Primeiro-Ministro, oiço comentadores que me parecem mais ou menos esclarecidos mas, de um modo geral, não dizem nada que valha a pena porque nada resolve e oiço os representantes dos partidos da oposição que nada de novo conseguem dizer para além das suas ideias que cada vez mais se tornam fixas na crítica e, por isso, jamais serão solução.
Não tenho dúvidas de que Portugal será obrigado a cumprir os compromissos internacionais, sofra o que tiver de sofrer, seja este o governo que o governa ou seja outro qualquer, a menos que nos queiramos fechar numa redoma estanque dentro da qual rapidamente o ar rareará.
Se for assim, deixa de fazer sentido a minha preocupação quanto a um futuro mais distante em que conseguíssemos ajustar o nosso nível de vida à capacidade de o poder manter, pois temo que a situação degradada a que tudo isto pode conduzir, atirem para um futuro excessivamente distante, se o houver, qualquer regularização do nosso modo de viver.
Acabo de escutar um comentador dizer que não pode o Partido Socialista abandonar o discurso das eleições antecipadas para encontrar um outro que "diga aos portugueses que eles querem ouvir"! 
Este é, quanto a mim, o equívoco maior porque esse discurso qualquer um o saberia fazer facilmente, mesmo que nem imaginasse, como o partido Socialista o não sabe, o que faria depois...
Querem os portugueses ser enganados?

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