Patético, é o melhor que
posso considerar o discurso de Relvas após o seu pedido de demissão do Governo
onde apenas a teimosia de Passos Coelho o manteve por tempo demais.
Convoca uma conferência de
imprensa para dizer o que lhe apeteceu e nem deu oportunidade para que fosse
questionado. Frustrante!
Enalteceu o que fez, não
apenas durante o tempo que esteve no governo mas, curiosamente, nos 3 anos que
antecederam as suas funções como ministro.
Sabe-se que uma apreciação
oficial da sua curiosa licenciatura vai ser publicada, ainda que se desconheça
quais as consequências que possa ter. Mas já se especula que Relvas possa
perder a licenciatura.
Mas tudo isto, por mais
ridículo que seja, não me faz esquecer o caso Sócrates, o célebre engenheiro
que o não é e sobre cuja licenciatura não se fizeram as investigações a que a
de Relvas deu lugar.
Aliás, se tivesse de fazer
uma comparação entre os dois casos, por certo consideraria o de Sócrates bem
mais merecedor de críticas e, mesmo até, de uma investigação pormenorizada das
circunstâncias anómalas que lhe concederam um diploma de engenheiro.
Por isso, faz-me
pasmar a “lata” de Sócrates para se voltar a presentar aos portugueses, sem a
ponta de recato que as suas atitudes lhe deveriam merecer.
Curiosas são as
considerações que toda a Oposição já faz, incluindo, mesmo, a suspeita de
eventuais ilícitos criminais cujas consequências se poderão alargar ao Ministro
da Educação e ao Primeiro Ministro, hipóteses que me parecem não fazer sentido.
Enfim, mais uma vez, fico
ciente da fraca qualidade de uma Oposição que, perante os graves problemas do
país, apenas olha para o seu umbigo, como de um governo que deixou o caso
Relvas chegar ao ponto a que chegou, sobretudo tendo em conta a decepcionante prestação do ex-ministro.
Sem comentários:
Enviar um comentário