ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 24 de abril de 2013

AFINAL, QUEREM SER DIFERENTES OU IGUAIS?

Seria hipócrita se dissesse que me sinto em paz com a questão do casamento gay que a Assembleia Nacional francesa trouxe, de novo, à ordem do dia.
Já desconfortável me senti quando tal sucedeu em Portugal, altura em que fiz questão de dizer do meu desacordo em relação à instituição do “casamento gay”.
Entendo que as pessoas diferentes tenham direito a ser respeitadas na sua diferença, quando essa diferença é natural e, por ser assim, faz parte da Natureza da qual todos fazemos parte.
A pergunta lógica será se os que o são diferentes dos “diferentes”, não terão, de igual modo, direito ao mesmo respeito.
E é aqui que coloco a questão que não passa de uma profunda contradição que só a política, na sua arte de faz de conta pode tentar iludir: assumindo “orgulhosamente” a sua diferença, porque desejam os “diferentes” ser iguais quando se trata do casamento?
Se, desde sempre, o casamento é uma instituição que junta um homem e uma mulher, um par do qual, naturalmente, pode resultar descendência e a constituição de família biológica, porque se não adoptou uma outra designação qualquer para a união entre gays que lhes proporcionasse os mesmos direitos que o casamento proporciona aos demais? Ou será que para os socialistas o casamento se reduz aos direitos civis que a lei prevê? Deve ser, mas o materialismo de que derivam, na sua recusa de respeitar a dimensão sobrenatural do Homem, no seu querer substituir a Natureza pelas leis que fazem, nunca terá a força das leis naturais, aquelas que, no fim, prevalecerão.
Pareceu-me ridícula aquela “explosão” de alegria nas bancadas socialistas pela aprovação de uma lei que não só permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo como o direito a que adoptem crianças como se de um casal normal se tratasse.
Parece-me que alguém se esqueceu de perguntar às crianças se estavam de acordo com isso, dispostas a serem diferentes também e, sem o desejarem, a terem dois pais ou duas mães em vez de, como é natural, terem um pai e uma mãe.
E a popularidade de Hollande continua a baixar quando junta as tantos falhanços das promessas eleitorais que fez, o cumprimento desta que também fizera...

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