Aos poucos, vão desaparecendo os ícones artísticos mais significativos da minha juventude. Os que me fizeram sonhar, quando sonhar era esperar que uma longa vida permitisse acontecer os sonhos que sonhamos.
Depois de outros que não
esqueço, desaparece, agora, Sara Montiel cujo desempenho em “Violetas Imperiais”
recordo como momentos de sonho que vivi. Ressoam, ainda, em meus ouvidos, os
sons de “como ave percursora de Primavera…”.
Tempo de sonho em que a
única intranquilidade não passava de umas batidas de coração mais violentas
quando o cheiro a amor pairava no ar.
A vida acabou para mais
alguém que, como diz o poeta, da Lei da morte se liberta pelas recordações que
deixa.
Já não são muitos os que
me farão sentir o que hoje sinto por mais uma perda das minhas referências de
rapaz, pois eu próprio não tardarei a ser a perda que muito pouco justificará
que seja recordada.
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