Sinceramente, pela primeira
vez me sinto desfavorecido por ter nascido neste país que, depois de ter sido
grande quando teve grandes líderes, está agora entregue a políticos menos do
que medíocres e que o arruínam, sabe Deus se de um modo impossível de
recuperar.
Por um lado, um Governo
que, por mais que faça o que não pode deixar de fazer porque assim lho impõe a
ruína financeira que projectos que a realidade nacional condenava e onde
enterrámos o nosso pouco dinheiro causou, tem pecado por uma tecnocrática falta
de sensibilidade e de compreensão das dores que o povo sofre, sem revelar as
preocupações sociais que o povo lhe merece, não pode esperar a minha simpatia.
Por outro e para além
disso, quando o líder da Oposição revela a falta de sensibilidade patriótica
que Seguro revelou num discurso de afastamento definitivo da cooperação
indispensável e demagógico pela apresentação de um “programa salvador” condicionado
por numerosos “se” e cujo sucesso depende da negociação de condições que os
parceiros europeus já disseram não aceitar, revelador de uma enorme ganância de
poder, a minha tristeza torna-se maior, quase infinita porque Portugal se
tornou num país de insensíveis e de gananciosos que, sob a capa de um
liberalismo reprovável ou de um socialismo de fazer chorar as pedrinhas da
calçada, pretendem convencer o país que têm soluções que apenas muito trabalho e
cooperação pode trazer.
Sem a força da cooperação
que Seguro tão veementemente tem rejeitado porque quer, a todo o custo, ser
poder, Portugal não terá soluções para sair do buraco em que muitos o meteram e
Sócrates cavou mais fundo e, depois, cobriu com terra para o disfarçar.
Desditosa pátria que tais
filhos tem…
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