ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 2 de abril de 2013

UNS FUMAM E MORREM DAS DOENÇAS QUE O TABACO PROVOCA. OUTROS NÃO FUMAM E MORREM DE FOME!



Quase 60 milhões, foi a queda na quantidade de cigarros vendidos em Portugal desde o passado mês de Janeiro.
Este número é muito importante por duas ordens de razões. Por um lado a protecção da saúde que fumar muito prejudica e, por outro lado, a demonstração de que muita gente trocou o supérfluo pelo indispensável, como é razoável que se faça numa economia sensatamente controlada.
Como ex-fumador, sei bem quanto a abstenção de sobrecarregar os pulmões com fumo contaminado por diversos venenos favorece o bem-estar e alivia os gastos que, só em tabaco, atingiam várias dezenas de euros por mês.
Entretanto, o preço do tabaco quase duplicou e as condições de saúde dos fumadores deterioraram-se na medida em que reforçam as consequências da degradação constante das condições ambientais que a todos prejudicam.
Recordo-me bem de como foram mal recebidas as primeiras leis que controlavam o acto de fumar em locais fechados, as reacções quase patéticas de algumas pessoas que se julgaram coarctadas nos seus direitos de fazer mal a si próprias. Mas nunca ouvi ninguém falar muito dos direitos de quem também suporta esse direito de fumar dos outros, seja pela sua contribuição para a má qualidade do ar que todos respiramos, seja pelos custos nos serviços de saúde dos quais todos somos pagantes.
Mas a notícia continua a dizer que, apesar de tudo, a receita fiscal com a venda de cigarros está a subir. Porém, nos produtos de primeira necessidade baixou.
Tem algum jeito, isto?
Faz algum sentido que haja quem gaste, para queimar e prejudicar a saúde, o que mataria a fome a outro?

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