É natural que numa vida longa
se vejam muitas coisas, entre as quais algumas que caracterizam as mudanças que
vão acontecendo. Estou a lembrar-me das designações dadas às profissões.
Por exemplo, quando eu era
miúdo, havia lá em casa uma “criada”, nome que se dava às empregadas
domésticas, designação esta que, por todas as razões e mais uma que é não
entender a razão de ser da primeira, me parece mais adequada porque mais
elucidativa da profissão.
De outras mudanças idênticas dei
conta também, mas nem sempre no sentido de adaptar a designação à profissão a
que corresponda, mais me parecendo resultados de preconceitos que acabaram por torna-las
mais confusas como acontece no “assistente comercial” que substituiu “empregado
de balcão”. E por aí fora…
Mas nem só nas designações
foram feitas as mudanças porque, também, do modo como são atribuídas. Por
exemplo, não era qualquer um que merecia a designação de “artista plástico”
porque teria de ser artista mesmo e não apenas alguém que tem como obra de arte
colocar, a meia haste, uma bandeira portuguesa a preto e branco!
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