Desde há muito tempo que
as previsões económicas não acertam com a realidade.
Um mundo com perspectivas
quase infinitas de crescimento económico passou a um outro mundo onde a euforia
das grandes economias emergentes perde fulgor a cada dia que passa e a economia
europeia não pára de balançar entre estagnações e recessões que nunca alcançam
a almejada retoma já tantas vezes anunciada.
Dos Estados Unidos todos sabemos
o modo como se tem evitado o descalabro que nada conterá eternamente, enquanto
do mundo pobre a esperança está cada vez mais distante ou tem a forma de um
passarinho chilreante que ilumina governantes populistas que com falsa caridade
enganam os que não têm outro modo de viver.
É neste cenário pouco
feliz que, mais uma vez, o FMI revê em baixa a evolução da economia onde os
fortes crescimentos não têm agora mais do que um dígito baixo, sem perspectivas
de melhorias significativas porque as circunstâncias as não consentem.
Cada vez mais parecem
viver em mundos distintos os que afirmam o fim do crescimento e aqueles para
quem há ainda muito para explorar e, por isso, dizem ser o regresso à economia
consumista a solução para todos os problemas que vivemos.
Não se conformarão os
incondicionais do crescimento contínuo com uma realidade onde o que,
necessariamente, é finito, cada vez mais impõe a contenção a que não estão
habituados e o regresso a valores que desconhecem. Será por isso que a
inteligência humana continuará mais ocupada a procurar formas mais sofisticadas
para destruir a Humanidade do que a esclarecer modos mais simples de faze-la
sobreviver!
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