Políticos sem qualidade,
carreiristas, oportunistas e aldrabões parecem ter-se juntado para nos perder. É
a esses que devemos dizer não!
Acaba um governo que não
conseguiu compreender o que estava em jogo e outro irá começar sem outro
projecto que não seja o de tomar o poder que tanto deseja, porque nenhuma das
alternativas de que tenho conhecimento me parecem viáveis.
Depois de tanta
contestação que parece ter alcançado, finalmente, os seus objectivos, não me
parece que haja condições para que Portugal possa respirar de
alívio. Pelo contrário, numa situação de dependência externa, o esboroamento do
poder interno que se desfez em pedaços que foram sendo arrancados nas disputas
de poder que se prolongaram por tempo demais sem que alguém mostrasse capacidade
para assumir o controlo, a desintegração do governo era um risco quase
inevitável, sobretudo quando Paulo Portas faz parte do acordo que, como de
outras vezes, deixou cair sem sentido de responsabilidade. Em consequência,
esgotou-se abruptamente, perante circunstâncias que ninguém se dispôs a
clarificar. Seguir-se-á, infelizmente, um outro modelo qualquer que tem
garantido o mesmo falhanço e ainda piores consequências perante uma realidade
que cada vez mais se afasta das visões miríficas de uma classe política alheia
ao que são os verdadeiros problemas que teremos de, em todo o mundo, enfrentar.
Não sei agora contra quem
irão ser feitas as greves, contra o que vão protestar as manifestações de rua e
nem sei, sobretudo, quem irá informar os portugueses do drama terrível que vão
ser obrigados a viver em consequência da irresponsabilidade generalizada de toda uma
classe política que deveria ser exilada para Marte!
Agora que ficou claro que o rei vai nu, não sei o que acontecerá
por essa Europa fora e por esse mundo que não está imune aos mesmos problemas
que por aqui sentimos.
Penso que estamos todos
metidos numa enorme alhada da qual não sou capaz de fazer melhores prognósticos
que não sejam a de um período de enormes complicações antes de sermos capazes
de encetar um outro que nos conduza a uma melhor situação.
Como sempre disse, há duas
maneiras de dar conta da realidade. Prevendo-a e preparando inteligentemente
as alterações que devam acontecer para com ela convivermos, ou, se o preferirmos, batendo forte com a
cabeça contra a parede dura que a realidade coloca no nosso caminho.Então, o brilho das estrelinhas nos iluminará!
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