ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 2 de julho de 2013

A PALHAÇADA QUE SE SEGUE

Fazem-me doer tantas loas que escuto neste 2 de Julho em que quase maldigo a hora em que nasci num país de gente assim. Pensei que o meu país tinha melhor gente. Mas, no fundo, espero que ainda apareça porque adoro o meu país.
Políticos sem qualidade, carreiristas, oportunistas e aldrabões parecem ter-se juntado para nos perder. É a esses que devemos dizer não!
Acaba um governo que não conseguiu compreender o que estava em jogo e outro irá começar sem outro projecto que não seja o de tomar o poder que tanto deseja, porque nenhuma das alternativas de que tenho conhecimento me parecem viáveis.
Depois de tanta contestação que parece ter alcançado, finalmente, os seus objectivos, não me parece que haja condições para que Portugal possa respirar de alívio. Pelo contrário, numa situação de dependência externa, o esboroamento do poder interno que se desfez em pedaços que foram sendo arrancados nas disputas de poder que se prolongaram por tempo demais sem que alguém mostrasse capacidade para assumir o controlo, a desintegração do governo era um risco quase inevitável, sobretudo quando Paulo Portas faz parte do acordo que, como de outras vezes, deixou cair sem sentido de responsabilidade. Em consequência, esgotou-se abruptamente, perante circunstâncias que ninguém se dispôs a clarificar. Seguir-se-á, infelizmente, um outro modelo qualquer que tem garantido o mesmo falhanço e ainda piores consequências perante uma realidade que cada vez mais se afasta das visões miríficas de uma classe política alheia ao que são os verdadeiros problemas que teremos de, em todo o mundo, enfrentar.
Não sei agora contra quem irão ser feitas as greves, contra o que vão protestar as manifestações de rua e nem sei, sobretudo, quem irá informar os portugueses do drama terrível que vão ser obrigados a viver em consequência da irresponsabilidade generalizada de toda uma classe política que deveria ser exilada para Marte!
Agora que ficou claro que o rei vai nu, não sei o que acontecerá por essa Europa fora e por esse mundo que não está imune aos mesmos problemas que por aqui sentimos.
Penso que estamos todos metidos numa enorme alhada da qual não sou capaz de fazer melhores prognósticos que não sejam a de um período de enormes complicações antes de sermos capazes de encetar um outro que nos conduza a uma melhor situação.
Como sempre disse, há duas maneiras de dar conta da realidade. Prevendo-a e preparando inteligentemente as alterações que devam acontecer para com ela convivermos, ou, se o preferirmos, batendo forte com a cabeça contra a parede dura que a realidade coloca no nosso caminho.Então, o brilho das estrelinhas nos iluminará!

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