Os “Verdes” anunciam a sua
moção de censura ao Governo e logo o PS, naturalmente levado pela sua ânsia de
alcançar o poder, faz saber que votará favoravelmente.
Não me surpreendi, se é
que na política portuguesa ainda alguma coisa me surpreende, mas logo me
pareceu precipitada a decisão anunciada, porque, como já o disse, uma moção de
censura é um acto muito sério, pelo que deve ter uma razão de ser forte e uma
oportunidade bem escolhida. Não se pode censurar pelas razões dos outros sem correr o risco de perder a própria razão.
Agora, não sei muito bem o
que pensarão os socialistas depois de lerem a argumentação onde os “Verdes”
dizem não ser compreensível que o PS peça eleições antecipadas ao mesmo tempo
que negoceia um acordo co PSD e CDS/PP.
Reproduzindo, “não é
compreensível que o PS peça eleições antecipadas e que vá, ao mesmo tempo, para
a mesma mesa tentar chegar a acordo"…. “O PS tem de esclarecer os portugueses
relativamente ao seu posicionamento sobre o memorando da troika. Não se pode
estar com um pé dentro e outro fora".
Esta é mais uma tropelia
neste circo em que a política portuguesa parecer ter-se tornado, onde rareia o
bom senso e a determinação de resolver os problemas dos portugueses!
Ainda que o Presidente
tenha mandado supervisar as “negociações” que hoje tiveram o seu segundo dia,
não consigo imaginar o que dali sairá quando o PS insiste que o Governo está de
fora, mas nas negociações participam dois ministros!!!
Penso que o que se passa
actualmente na política portuguesa deverá ser apresentado como um “caso de
estudo” em cursos de politologia futuros.
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