Quem tanto apregoa
democracia deveria saber que democracia tem regras. Como é natural num Estado
de Direito.
Mas, em Portugal, alguns mudaram
as regras da democracia, da ordem para a bagunça, o que me parece ser o
resultado dos discursos e das atitudes de bem conhecidos sindicalistas que
ainda se não deram conta do quanto lhes vai custar, também, a barafunda que
andam a semear. Por isso me não parece prudente que ignorem o sábio aviso “quem
semeia ventos, colhe tempestades”. Porque mesmo que sejam tempestades o que
desejam, não creio que os frutos que ela dê sejam os que esperam colher.
O que se passou na Assembleia
da República, de um modo perfeitamente organizado e planeado, com dirigentes
sindicalistas que me pareceram os promotores do acontecimento, foi deplorável.
Foi o ponto alto de tantas manifestações mal comportadas que se organizaram por
todo o país, às quais alguns poucos sempre se prestam. Foi uma conduta
imprópria e, até, um total desrespeito pelo que deveria ser o órgão mais
significativo da democracia cujas leis se cumprem nos procedimentos dos demais
órgãos de soberania. Sendo assim, é um atentado à própria democracia que
invocam, o que ali aconteceu!
Natural me pareceu a
reacção da Presidente da Assembleia que, apanhada de surpresa, não foi muito
reservada nos seus comentários que, apesar de tudo, são compreensíveis, coisa
que a atitude dos manifestantes, de todo, não foi.
Curioso é não ter notado
em algumas das bancadas os sinais de incómodo que deveriam acontecer por uma
atitude surpreendente pelos excessos que demonstrou! Mas não me causou qualquer
admiração, assim como também não o facto de serem, na comunicação social, mais
contundentes os reparos feitos ao que disse a Presidente do que ao acto
ilícito e impróprio que o motivou.
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