ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sábado, 6 de julho de 2013

ENQUANTO ESPERO…


Que adianta reclamar por ter nascido nesta terra onde se passam coisas assim? Podia ter nascido no Bangladesh onde, por certo, teria uma elevadíssima probabilidade de viver bem pior.
Mas quando oiço os argumentos dos que clamam por eleições antecipadas numa atitude de mudar por mudar e sem atender ao que são as causas dos tormentos que sofremos e do que, por esse mundo, se passa à nossa volta, quando oiço os slogans sonantes mas estafados em que PCP e BE são artistas, quando me apercebo das alternativas que o PS diz ter para sair da crise, quase que prefiro, mesmo, o Bangladesh!
Enquanto o irrealismo da extrema-esquerda se requenta em argumentos já impossíveis de ouvir, Seguro mostra ter alma de Houdini e julga que sair da crise é assim a modos como que escapar de um tanque cheio de água onde se está amarrado por correntes. É óbvio que não sair é o mais provável.
Num país sem alternativas e que perdeu as suas melhores características ao longo dos últimos tempos, serão de estranhar estas movimentações loucas que mostram ao mundo toda a incapacidade de nos governarmos? É a estupidez em desfile, a ignorância da realidade, o nervosismo dos que mal podem esperar pela sua vez de mandar e, por que não, o oportunismo dos que desejam mais poder…
Têm-se refinado os dotes de certos artistas políticos que, mais do que nunca, se desdobram nos esforços de mostrar que é o que gostariam que fosse. E não é que há quem acredite nisso? É olhar em volta e vê-los aos montes clamando por tudo o que não podem ter.
Mais uma vez me fica a certeza de que os resultados de revoluções sempre são arriscados, dependendo muito de quem se deixa tomar conta das coisas. Por isso, sempre fui um reformista.
Desde “Abril” que Passámos por diversas fases. A dos enganadores, a dos enganados, a dos bem intencionados, a dos convencidos, a dos oportunistas, a dos incompetentes… sei lá! E, agora, para qual passaremos?

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