ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

E QUANDO O ÚLTIMO PEIXE FOR PESCADO, VERÃO QUE O DINHEIRO NÃO SE COME! (Greenpeace)

A bancarrota da cidade de Detroit, outrora um potentado da indústria automóvel norte-americana, hoje noticiado na comunicação social, não foi uma grande surpresa para mim. Há dias tinha visto uma reportagem sobre esta cidade que, depois de um auge de desenvolvimento e de riqueza invejável, perdeu quase dois terços da sua população e se tornou um paraíso de drogados.
Não é caso único nos Estados Unidos este município falido que, por isso, tem de pedir a ajuda para solver as dívidas que acumulou. E não será o último num país que, apesar dos seus enormes recursos, sente cada vez mais as dificuldades próprias deste tipo de “economia” que criámos e julgávamos muito forte, mas abre brechas por todos os lados!
É mais um caso no meio de muitos em todo o mundo onde, dizia-se, o crescimento económico iria diminuindo as carências dos milhares de milhões que ainda as sente. Mas, em vez disso, mais parece que o processo se desmorona sem atingir os objectivos, antes fazendo crescer o número dos que caem na falência e precisam de ser ajudados.
O que se passa no mundo, seja na Europa em crise crescente, nos Estados Unidos ou nas tão badaladas economias emergentes, só poderá ser o prenúncio da falência de uma civilização de “pilhagem de recursos”, a consequência para a qual cada vez mais gente esclarecida alerta, mas dos quais os gurus da economia se recusam a escutar escutar as razões.
Continuam confinados a uma “realidade” irreal para além da qual se não dão conta do que acontece. Por isso o seu discurso é tão vazio de ideias, têm pressupostos tão limitados para as soluções que engendram e, assim, as que preconizam são, invariavelmente, falidas. É a única leitura possível desta “crise” sem fim e sem melhoras em que o mundo caiu.
Conhecem o mundo através do dinheiro que, com cada vez menos correspondência em valores e recursos reais, vai tornando a política num enorme “jogo de monopólio” à volta do qual se amontoam tantos que o querem jogar, mas sempre esperam que alguém lhes faça o almoço do qual, mais cedo ou mais tarde, sentirão necessidade para sobreviver.
É esse almoço que, cada vez mais, está em causa porque se esqueceram de plantar as couves nas hortas, semear o trigo nas searas ou pescar o peixe no mar, enquanto jogam nas "bolsas".

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