Mas
impôs-lhe o Presidente a apresentação de um programa claro de
governação até final, a qual apresentará na Assembleia da
República a quem submeterá, também, uma moção do confiança.
Parecerá uma redundância em face da recente moção de censura que
de forma clara o Governo ultrapassou, mas parece-me fazer sentido que
seja apresentada em relação ao programa que será apresentado.
Mas,
mais disse o Presidente que estaria atento ao que acontecesse e,
ainda, que manteria todos os seus poderes de decisão. Decerto uma
afirmação de ser esta decisão que tomou condicionada pelo
desempenho que o Governo tiver.
Depois
de tudo isto e nas condições de uma certa agitação social que o
PCP, o BE e a CGTP promoveram, não sei se o que pareceu uma perda de
tempo e uma decisão sem sentido, porque muito dificilmente Seguro
resistiria às pressões dos “dinossauros” socialistas que o
ameaçaram com uma cisão (talvez a que já existe), não terá sido a
melhor forma de proporcionar ao Governo as condições que não tinha
para enfrentar de modo mais decidido este final do precesso de
ajustamento em que terá de negociar com uma Troika dividida pelos
novos entendimentos sobre a “receita” para combater a crise.
É
indesmentível que é com os erros que melhor se aprende e, por isso,
eu espero que o Governo tenha aprendido com os seus, bem como a
Troika terá de o fazer, também. Fazer com que a Troika entenda os que cometeu com Portugal é uma tarefa que este governo terá de desempenhar com sucesso.
Mas
ficou-me, de tudo isto, a clara noção da falta de sentido de Estado
de muita gente neste país que precisaria de todos para se reerguer.
Não
falando das posições lunáticas dos partidos que se dizem mais à
esquerda, o PCP e o BE, cujas propostas seriam, de todo, inaceitáveis
nesta Europa que, com vigor, as rejeitaria, ficou clara uma escolha
que, como li algures, num título de notícia talvez, que Seguro
preferiu o PS ao país! Esta é a conclusão mais dramática depois
de tudo o que se passou.
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