ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 1 de julho de 2013

TALVEZ UM EXEMPLO A SEGUIR, UM PROCEDIMENTO A COPIAR



Numa Assembleia Geral que, mesmo em tempo de férias, marcada com a antecedência mínima e para um Domingo quente de verão, realizada dentro de um pavilhão que mais parecia um forno, aconteceu História. Um Clube desportivo em estado comatoso e muitos afirmavam não ter salvação possível, recusou-se a morrer.
Numa Assembleia Geral não electiva que teve uma das maiores participações de sempre, o Sporting decidiu lutar para viver e tudo fazer para regressar aos seus tempos de glória.
Falido e sem crédito, ao Sporting não restavam mais de três caminhos, deixar-se levar pela desgraça, aceitar um PER (Plano Especial de Reestruturação, assim como quem aceita uma Troika) ou decidir-se por um Plano de Reestruturação próprio que, apesar de todos os cortes e redimensionamento que implica, decidiu fazer das suas fraquezas forças para poder sonhar com um futuro a maior ou menor prazo e voltar a ser o Sporting que já foi.
Não foi um milagre o que sucedeu, porque foi trabalho duro e esclarecimento total, a mobilização das vontades indispensáveis à realização de um projecto de restauração do futuro que anteriores gestões comprometeram.
Os sócios do Clube ficaram cientes da situação em que ele se encontrava, do caminho que seguia e do destino que o esperava. Não foi dourada a pílula amarga que teriam de engolir.
Foram escalpelizadas as causas de ser assim para que melhor fossem compreendidas e, depois, entendidas as soluções encontradas e propostas aos associados.
Não se poupou a Direcção do Sporting ao esforço de esclarecer para, assim, mobilizar a força total de que necessita para por em prática um plano que exige sacrifícios, abdicações e paciência até que o sucesso possa acontecer seja amanhã, para o ano ou até hoje, quem sabe?.
E, deste modo, o futuro do Sporting foi colocado nas mãos dos sócios, apenas deles dependendo regressar à grandeza de um passado brilhante
Os sócios compreenderam, ficaram motivados e com menos de 1% contra, muito poucas abstenções e cerca de 97,5% de votos a favor, o Sporting aceitou o desafio de lutar por si!
Não me parece despropositada a comparação com a situação do país, mesmo sabendo das diferenças que entre as duas situações não podem deixar de existir. Mas parecem-me semelhantes os procedimentos que podem analisar a situação, apresenta-la aos cidadãos, esclarece-la, encontrar as mais adequadas soluções e faze-las compreender e aceitar como a solução capaz de conduzir a um futuro melhor!
A Direcção do Sporting não apresentou a solução aos representantes dos sócios. Foi a eles mesmos que falou, foi a eles que esclareceu e pediu o complemento de que o seu esforço carece para levar por diante uma recuperação que apenas com o apoio de todos será possível.
É um outro estilo. A um tempo inovador e democrático, porque esclarecido!

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