ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

O GRANDE SARILHO


Ainda não sei muito bem o que pensar depois do discurso do Presidente da República e de tanta coisa que já ouvi dizer a seu propósito.
Um governo no “corredor da morte” mas que o Presidente diz estar em plenitude de funções, um acordo de salvação nacional que o PS liminarmente recusa além de exigir que os “partidos da Lua” participem em quaisquer negociações que venham a ter lugar, um Primeiro-Ministro sem condições para tomar as iniciativas decididas que as circunstâncias exigem e, penso até, sem condições para proceder à remodelação governamental que entenda conveniente, são contradições mais do que bastantes para tornar a equação irresolúvel. Enfim, um conjunto de circunstâncias que podem despoletar as mais diversas reacções, incluindo a de conduzir às eleições imediatas que o Presidente quer evitar.
O aviso de que à falta de consensos corresponderiam outras iniciativas possíveis no nosso quadro jurídico-institucional, faz mesmo pensar que uma outra solução qualquer possa ser a que venha a ser adoptada para evitar o afundamento político do país que uma geração de políticos incompetentes pode provocar.
Não seria fácil ao Presidente aceitar as soluções propostas por um governo cuja degradação sucessiva o Primeiro Ministro consentiu, o Ministro das Finanças desacreditou com a publicação de uma carta de demissão cuja intenção apenas poderá ser causar a crise política que se seguiu, à qual Paulo Portas decidiu dar a dimensão de catástrofe que Passos Coelho transformou numa “revista” à portuguesa com a tomada de posse de uma Ministra das Finanças.
Nem imagino o que poderá resultar das conversações que o Presidente diz que irá ter com os partidos políticos entre os quais o PS pretende que estejam PCP e BE, os tais partidos que parecem viver na Lua, para definir um acordo de salvação nacional de médio prazo que inclua a marcação de eleições após a saída da Troika.
Pede o Presidente que os partidos coloquem os interesses nacionais acima dos seus próprios, o que me parece quase como pedir a uma vaca que voe!
Sinceramente, sinto desgosto por tudo o que aconteceu e está a acontecer neste circo político ridículo a que as pessoas sabedoras e conscientes deste país deveriam por fim.
Veremos que vai acontecer.

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