Não
é a primeira vez que Portugal sofre com os erros grosseiros dos seus
políticos. Pelos sonhos quiméricos de uns, pelas manias de grandeza
de outros ou pela imaturidade de outros ainda, ao que se junta a
falta de qualidade de todos, Portugal está a caminho da “idade das
cavernas”. E não será apenas Portugal que, neste mundo de
convencidos que se julgam donos da Terra, tempos bem difíceis
sofrerá.
Raramente
encontro, na verborreia abundante que por aí se solta, mais do que
falar de tricas e nicas, inventar hipóteses, fazer juízos de
intenções, revelar expressões de raiva incontrolada. Nunca me dou
conta das reflexões profundas sobre as razões de ser de tudo isto,
assim como se a saúde de uma planta dependesse apenas do aspecto das
suas folhas e não, sobretudo, da raiz que ninguém cuida.
O
passado não interessa, o conhecimento da realidade em que se vive
não importa e tudo se passa como se a economia se confinasse a uma
cápsula dentro da qual tudo acontece à medida da vontade dos que,
pela grandeza que atingiram, manobram as marionetas do mundo que,
assim, têm de dançar como lhe impõem.
A
economia ou, melhor dizendo, este mundo financeiro a que chamam
economia, não passa de uma fantasia que, nem sequer, faz jus às
origens do seu nome, “tratar das coisas da casa”!
Não
da casa mas de si cuidam os que passam os dias a divertir-se neste
jogo de monopólio gigante em que a maioria de nós tem a estúpida
esperança de, alguma vez, poder participar.
O
que me espanta é que as “marionetas” se não rebelem contra as
manipulações de que são vítimas e até, a maioria delas, se não
aperceberem dos logros sucessivos em que caem. E manifestam-se, fazem
greves por quererem de volta o que dizem ser seu, sem jamais
entenderem que, sem inteligência, nada têm porque a matreirice dos
outros lho levou!
Já
repararam bem na formação dos que mandam neste mundo? Entre eles
não vejo alguém que da realidade natural alguma coisa
entenda! Apenas encontro os que já nem percebem desta irrealidade que
criaram, porque já nem a conseguem dominar.
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