Pensava eu, pelos
princípios que estiveram na sua origem, que “os Verdes” tivessem outra atitude
nesta crise que, muito me surpreende, ainda não compreenderam. Surpreendem-me
pelas razões que os lançaram na intervenção política, mas não pelos que,
dando-lhes a mão, lhes permitem ter voz na Assembleia da República.
Há muito que não oiço as
razões que fizeram crescer “os verdes” na Alemanha e em outros países onde
começaram a fazer ouvir a sua voz condenando os abusos de uma economia que
fazia (e faz) do Ambiente mais um recurso que utiliza sem medida para alcançar
os seus propósitos de crescimento absurdo.
A verdade é que já nem deles
me lembrava se não fosse esta notícia de que vão avançar com uma moção de
censura contra o Governo, por serem, entre os partidos da oposição, o que ainda
não usou dessa prerrogativa e, por isso, o pode fazer.
Não conheço o teor da
proposta que fazem, mas quase juro que nela não se encontrará um só dos motivos
que um partido ecologista deveria apontar como razão para mudar o rumo de uma
economia que, aos poucos, nos vai matar.
Mas há muito que o partido
ecologista “os verdes” se tornou na muleta do PCP que, deste modo, pode
apresentar a moção de censura que, sem eles, já não poderia apresentar.
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