ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O ACORDO DA CISÃO?


Parece-me que estas reuniões de “salvação nacional” deveriam merecer cuidados que protegessem os negociadores dos ruídos e das pressões externas a que estão sujeitos, assim como acontece com as reuniões de “jurados” a quem cabe apreciar factos e razões sobre os quais devem decidir em consciência. Assim sendo, melhor seria isolarem-se e, por isso, desligar os telemóveis com os quais mandam aqueles sms que (des)informam os jornalistas acerca do que se vai ou não vai passando, conforme os interesses, alimentando especulações que elevam o ruído e as pressões que têm por objectivo evitar o alcance do acordo que o Presidente da República pretende.
É inesquecível aquele momento em que uma jornalista de uma certa TV, no momento em que fazia reportagem, recebeu uma mensagem do interior da reunião informando que o governo continua intransigente no corte de 4.500 milhões, o que deve ser entendido como uma dificuldade para o PS aceitar qualquer acordo.
De facto, a intransigência não é uma postura negocial sendo disso, até, o contrário. Mas há factos contra os quais não há argumentos que vençam, como é o da necessidade de gastar menos quando o objectivo e estabilizar a dívida que se acumulou e não pára de crescer. Poderá ser discutido um valor, mas não se pode por em causa o princípio para o qual se não conhece alternativa.
Não sei se vai haver acordo ou não, nem, havendo-o, a que acordo se chegará neste momento tão decisivo em que o país necessita de decisões e não de “trocadilhos” para empatar nem de paliativos que adormeçam a sua noção sobre os perigos que corre. Ouvi alguém falar de um acordo de “banda larga”, assim como que algo dentro ddo qual possa caber uma qualquer decisão e a sua contrária também. É, afinal, a perplexidade que mantém unido um partido com um pé na Terra e outo na Lua.
Por isso Soares afirma que a assinatura de um acordo provocará uma cisão no PS. A tal clarificação que o BE pretende na votação da moção de censura que vai ser discutida e votada na Assembleia da República.
Mas eu pergunto o que de melhor poderia acontecer a um partido que tem em si divergências insanáveis? Finalmente, concordo com Soares!

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