ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 28 de julho de 2013

AS SWAP E O PAC IV … OUTRA VEZ!

Campos e Cunha foi aquele Ministro das Finanças que não aguentou muito tempo a política desastrada de Sócrates. Na altura, como quase sempre acontece nestes casos, a sua demissão foi atribuída a motivos pessoais o que, deveras, não deixa de ser verdade, mesmo quando a razão é aquela que comecei por apontar e foi a que, na altura, me pareceu ser.
Por aquilo de que me tenho apercebido, Campos e Cunha é um homem discreto e ponderado, características que permitem ver as coisas sem euforias e sem precipitações, assim como estar atento ao que podem ser as consequências do que se pense fazer.
Com tudo isto quero dizer que Campos e Cunha é uma personalidade que aprecio e, em consequência, a cujas opiniões presto atenção. Por isso hoje aqui sublinho afirmações que fez e o DN de hoje publica, sobre questões que eu aqui já abordei.
A primeira diz respeito às tão famosas “swap”, sobre as quais afirma: "foram contratados fundamentalmente durante o Governo anterior e são esses gestores das empresas públicas e alguns responsáveis políticos os primeiros responsáveis".
O alarido que agora sobre elas se faz não pretende, pois, mais do que esfumar esta verdade, transferindo as culpas para quem mais convém que pareça te-las, o actual Governo, fazendo de tudo o que posteriormente se tenha passado, uma análise e um julgameto apressado, por isso pouco fiável, do que resulta uma “condenação” sumária da Ministra das Finanças. E como é normal que aconteça, lá correm os adeptos do regresso ao passado e ao crescimento económico a todo o custo atrás das bocas que se digam ao jeito de “um diz mata e outro esfola”.
Depois, Campos e Cunha refere-se ao há pouco tempo relembrado PAC IV que, dizem os socialistas sedentos de poder, que teria evitado o resgate que Sócrates não teve senão de pedir.
Diz o ex-Ministro que: "O PEC IV era um embuste. O espetáculo que criou foi uma boa desculpa para Sócrates evitar o dilúvio que iria acontecer dois dias depois com os resultados das finanças públicas relativos a 2010."
O “dilúvio” a que se refere Campos e Cunha não foi evitado. Aconteceu e, qual tsunami, varreu tudo à sua frente, deixando em cacos as finanças e a economia nacionais. Ainda hoje limpamos os estragos e tentamos recuperar o que perdemos, no que a Europa e o mundo não ajudam porque mal podem com os seus problemas também.
Veio o sucessor de campos e Cunha, Teixeira dos Santos, dar aquela entrevista que, diz que por decoro, ainda não tinha dado.
Esperei demais de quem não teve capacidade senão para parir um ratinho! Foi a entrevista da vergonha, sem dúvida concedida em momento criteriosamente escolhido e integrada no coro socialista de mentiras e de ilusões que, em vez de ajudarem Portugal a combater os seus problemas, mas ajudam a enterrá-lo!
Mas por que raio havemos de remar cada qual para seu lado se os prejuízos de assim fazermos vão sendo cada vez maiores e são enormes para todos nós?
E está Mário Soares muito aborrecido com Seguro porque não respondeu à proposta de acordo de salvação nacional com a dureza com que, em seu esclarecido entender, deveria ter respondido!


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