Campos
e Cunha foi aquele Ministro das Finanças que não aguentou muito
tempo a política desastrada de Sócrates. Na altura, como quase
sempre acontece nestes casos, a sua demissão foi atribuída a
motivos pessoais o que, deveras, não deixa de ser verdade, mesmo
quando a razão é aquela que comecei por apontar e foi a que, na
altura, me pareceu ser.
Por
aquilo de que me tenho apercebido, Campos e Cunha é um homem
discreto e ponderado, características que permitem ver as coisas sem
euforias e sem precipitações, assim como estar atento ao que podem
ser as consequências do que se pense fazer.
Com
tudo isto quero dizer que Campos e Cunha é uma personalidade que
aprecio e, em consequência, a cujas opiniões presto atenção. Por
isso hoje aqui sublinho afirmações que fez e o DN de hoje publica,
sobre questões que eu aqui já abordei.
A
primeira diz respeito às tão famosas “swap”, sobre as quais
afirma: "foram contratados fundamentalmente durante o
Governo anterior e são esses gestores das empresas públicas e
alguns responsáveis políticos os primeiros responsáveis".
O
alarido que agora sobre elas se faz não pretende, pois, mais do que
esfumar esta verdade, transferindo as culpas para quem mais convém
que pareça te-las, o actual Governo, fazendo de tudo o que
posteriormente se tenha passado, uma análise e um julgameto
apressado, por isso pouco fiável, do que resulta uma “condenação”
sumária da Ministra das Finanças. E como é normal que aconteça,
lá correm os adeptos do regresso ao passado e ao crescimento
económico a todo o custo atrás das bocas que se digam ao jeito de
“um diz mata e outro esfola”.
Depois,
Campos e Cunha refere-se ao há pouco tempo relembrado PAC IV que,
dizem os socialistas sedentos de poder, que teria evitado o resgate
que Sócrates não teve senão de pedir.
Diz
o ex-Ministro que: "O PEC IV era um embuste. O espetáculo
que criou foi uma boa desculpa para Sócrates evitar o dilúvio que
iria acontecer dois dias depois com os resultados das finanças
públicas relativos a 2010."
O
“dilúvio” a que se refere Campos e Cunha não foi evitado.
Aconteceu e, qual tsunami, varreu tudo à sua frente, deixando em
cacos as finanças e a economia nacionais. Ainda hoje limpamos os
estragos e tentamos recuperar o que perdemos, no que a Europa e o
mundo não ajudam porque mal podem com os seus problemas também.
Veio
o sucessor de campos e Cunha, Teixeira dos Santos, dar aquela
entrevista que, diz que por decoro, ainda não tinha dado.
Esperei
demais de quem não teve capacidade senão para parir um ratinho! Foi
a entrevista da vergonha, sem dúvida concedida em momento
criteriosamente escolhido e integrada no coro socialista de mentiras
e de ilusões que, em vez de ajudarem Portugal a combater os seus
problemas, mas ajudam a enterrá-lo!
Mas
por que raio havemos de remar cada qual para seu lado se os prejuízos
de assim fazermos vão sendo cada vez maiores e são enormes para todos nós?
E
está Mário Soares muito aborrecido com Seguro porque não respondeu
à proposta de acordo de salvação nacional com a dureza com que, em
seu esclarecido entender, deveria ter respondido!
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