ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

E SEGURO TEVE MEDO DE SOARES


Numa declaração em que mais não fez do que relembrar o programa do seu partido e outras intenções mais tardias cuja prática está totalmente dependente dos nossos credores, Seguro não conseguiu evitar transmitir a ideia de que foi o PS a romper as negociações.
Insistindo em domínios impossíveis de negociar a nível nacional e em medidas que a actual situação do país não permite, ainda, por em prática, o PS fez abortar um acordo que, de qualquer modo, nunca seria fácil num confronto entre a realidade e a utopia irrealizável numa realidade que muito se modificou.
Em suma, o PS fez do “acordo” um pretexto de propaganda política e Seguro, infelizmente, não teve coragem de ir contra os “donos” espirituais do PS que, pese todo o mérito que tenham conseguido no passado, não são hoje os mais esclarecidos políticos numa realidade que há muito ultrapassou a sua percepção.
Não é este o momento de virar as costas ao que se passa em Portugal, na União Europeia a que pertencemos e no mundo onde os políticos continuam iludidos quanto a uma realidade que insistem a não querer ver e onde, apesar de todos os esforços, a crise não dá sinais de melhorar. Antes pelo contrário.
Infelizmente, figuras cujas palavras ainda têm peso numa opinião pública muito confundida e, sobretudo, muito influenciada pelas dificuldades que vive, acabam por criar dificuldades ao país onde todos os esforços se deveriam unir, deixando para trás interesses partidários para cuidar dos superiores interesses nacionais.
A Cavaco Silva, a quem esta possibilidade de não acordo deveria ter pesado mais na decisão que tomou, não restará, talvez, outra atitude do que apoiar o actual governo, aceitando as alterações que o Primeiro-Ministro lhe propuser. Depois, dependerá de Passos Coelho e de Paulo Portas o futuro da coligação e o sucesso de processo de convergência de que Portugal tanto necessita.

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