ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 31 de julho de 2013

FIGURAS… TRISTES


Não é apenas entre partidos que os desentendimentos egoístas acontecem porque não são, apenas, os partidos que disputam o poder. As pessoas também o disputam e têm estratégias próprias para o alcançar.
Multiplicam-se as provas dos confrontos dentro dos partidos, nos quais, para além de uma certa pluralidade saudável que um ideal comum concerta, são cada vez mais evidentes diferenças mais profundas que, até, insanáveis me parecem.
São confrontos, questões que nos partidos marginais ao poder não são importantes porque, sobre eles, prevalece, ainda, o desejo de o atingir. Depois, tal como para lá da quase esquecida “cortina de ferro”, as coisas modificam-se e a guerra assume proporções trágicas.
No PS, desde muito cedo se notaram as diferenças que, entre as franjas extremas, sempre foram grandes e foram crescendo ao longo do tempo. No presente, sobretudo depois do “consulado” de Sócrates, tudo ficou mais claro. Soares e Alegre defrontaram-se em eleições que evidenciaram bem a fractura existente, ou apenas uma delas, pois Seguro e outros tiveram alguns actos de rebeldia política que fazia crer que outra fractura existiria.
Hoje, perante as necessidades de cooperação de um país debilitado que esperava mais de um PS consciente, a principal fractura deslocou-se por força de uma combinação de forças Soares/Alegre que impediram Seguro de fazer o que o bom senso, apesar das suas ambições pessoais, lhe propunha. A ameaça de cisão amedrontou-o porque o deixaria sem um partido significativo que o pudesse tornar, um dia, o Primeiro-Ministro que ambiciona ser.
No PSD, embora diferentes, as lutas intestinas também acontecem. Depois do tempo do “barões” cuja lealdade arrefeceu depois de destronados, outros apareceram com iguais ambições de poder que, por esta circunstância ou por aquela, lhes foi fugindo.
Mas o fogo larvar da ambição nunca se apaga de vez, como o prova Rui Rio que vai terminar as suas funções de Presidente da Câmara do Porto e já prepara a sua entrada em outra cena que o encaminhe até à presidência do seu partido. Mas dizer mal, publicamente, de um “companheiro de partido” que lhe poderá suceder e recriminar grosseiramente o Primeiro-Ministro e Presidente do PSD pela escolha da Ministra das Finanças que, segundo ele, jamais o seria num país civilizado, são atitudes de ganância política que só podem granjear-lhe maus resultados. Pelo menos é o que sucede nos países evoluídos…

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