Mário Soares analisou esta
crise política em termos de interesses pessoais e partidários que, nas suas
apreciações e prognósticos, são determinantes em decisões que não acautelam os
interesses nacionais. Diz ele, e desta vez concordo, que o Presidente da
República não poderia ter humilhado mais o Governo e a Coligação PSD/CDS-PP e o
fez como uma vingança. Mas de tudo isto a “maioria” fingiu não se dar conta,
acrescenta Soares. Aliás, foi disto que a maioria de nós se deu conta.
Afirma, ainda, o
ex-Presidente que não acredita que o PS aceite participar no acordo proposto
por Cavaco Silva, porque o PS também foi muito humilhado!
Tudo certo desta vez,
porque de tricas políticas ninguém entende como Soares.
A ser assim, é esquecido o
interesse nacional pelo Presidente da República e pelo PS que privilegiam sentimentos
e interesses próprios, parecendo que apenas a maioria que apoia o governo releva
as ofensas sofridas, dizendo-se disponível para o esforço de “salvação nacional”
pedido. Mas haverá verdade nisto?
Depois de tudo o que se tem
passado, das atitudes tomadas, das razões apresentadas e das declarações
feitas, mais me parece que vivo num país de loucos governados por levianos e
onde o poder é reclamado por inconscientes!
Como numa brincadeira
inqualificável, a “rapaziada” faz do poder o seu brinquedo preferido e de
Portugal o seu quarto de brincar.
Mas há brincadeiras que
dão para o torto!
A notícia diz que “Portugal
subiu para a sétima posição no grupo das 10 economias com mais alta
probabilidade de incumprimento da dívida soberana num horizonte de cinco anos,
segundo dados do indicador da CMA S&P Capital IQ. O país havia saído deste
grupo a 21 de maio e regressou três dias depois ao nono lugar, tendo estado na
8ª posição na semana do início da crise governamental.”
E a continuar a brincar assim…
Sem comentários:
Enviar um comentário