ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 9 de julho de 2013

DEMOCRACIA POPULISTA OU DEMOCRACIA INFORMADA?



Um artigo de Daniel Oliveira despertou-me a curiosidade porque falava de Democracia e de Eleições.
Ainda que com pensamentos muito distantes em certos assuntos em que a argumentação supera o saber, este comentador merece sempre a minha atenção. É perspicaz e apenas lhe falta um pouco de conhecimento científico para que o que escrevesse porventura me deixasse entusiasmado.
Desta vez a questão é o exercício da democracia, escrevendo ele, a propósito do bom acolhimentos que tiveram Cavaco Silva e Passos Coelho na cerimónia da primeira Missa do novo Cardeal de Lisboa que  “…A coisa manteve-se, como se deve manter, entre pessoas civilizadas. Porque, já se sabe, eleições obrigam a eleitoralismo, o eleitoralismo leva ao populismo e o populismo leva a escolhas erradas. Ou seja, as eleições são, em qualquer democracia decente, um problema a evitar. Fazem-se, quanto muito, na data marcada para manter as aparências.”
A ironia de Daniel Oliveira, coisa que ele faz muito bem, não tem em conta outras realidades que não sejam os princípios democráticos tal como os conhecemos, quero dizer, aqueles em que a maioria faz a razão!
Mas o tempo passou e a realidade mudou, de tal modo que nos deixou sem folgas para corrigir os disparates a que os erros do populismo normalmente dão lugar. Era como antigamente se fazia e, se não batia certo, a lei da alternância deixava outros tentar e, porventura, a falhar tanto como os que os antecederam falharam. É isto que vem acontecendo há muito tempo, numa sucessão de disparates que nos conduziu à situação que vivemos. Uma sucessão de erros que permite afirmar que a classe política não aprende nada com eles.
Talvez tenhamos a classe política errada, porque é com os erros que, diz a experiência, mais se aprende.
Não sou um entusiasta deste governo nem das políticas que gostaria de seguir. Digo gostaria porque as que segue lhe são impostas por quem nos permite ter finanças para o dia a dia, senão…
Foi um governo que me desiludiu quando se excedeu numas medidas e de outras se esqueceu, causando este imbróglio em que caiu!
Mas o ajustamento que faz e a reestruturação do Estado que terá de fazer, são condições indispensáveis ao refazer de um tipo de vida compatível com as possibilidades e não com as nossas fantasias. Infelizmente, o abaixamento do nível de vida a que as circunstâncias nos obrigam, sem que, necessariamente, tenhamos de desistir da qualidade de vida, é consequência de razões naturais a que nenhuma razão da maioria se pode opor.
E como as alternativas seriam fazer exactamente o mesmo ou pior (PS) ou lançar o país numa aventura populista desastrosa (PCP e BE), eu acho que melhor será não fazer demasiadas ondas e, quem sabe, aprender um pouco que seja sobre o futuro ao nosso alcance.
Quando se trata de coisas tão sérias como o futuro, o populismo nunca me convence porque nos deixa longe da razão. O conhecimento não é populista e é de conhecimento que necessitamos para evitar o futuro perigoso a que este caminho nos conduz!

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